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Skol beats 2008: Justice e Digitalism

No ultimo sábado aconteceu o Skol Beats 2008. Resolvi ir, pois, dois duos que gosto muito se apresentaria: Justice e Digitalism. Há quatro anos que não me animava a ir para o Skol, a última experiência foi péssima, em 2003, 50 mil pessoas, pouco espaço para se locomover, as tendas super lotadas e você não conseguia ver nada,nada mesmo, tinha que ficar na porta do bafo dançando, uó. Ainda hoje acredito que o melhor local para o Skol é no Autódromo: grama, lama e visão ampla, é assim que se faz uma rave, mas aí a conversa já é outra, no caso, conceito. Fica pra outra hora.

O formato desse ano mudou radicalmente o que conhecemos de Skol Beats: seriam apenas duas tendas e um palco principal para as atrações mais bafoneras. Infelizmente perdemos o show do Montage, que aconteceu às 20h, péssimo horário, muito cedo, ainda dava um toque final na maquiagem. Já assisti ao show do Montage umas três vezes e os meninos sempre arrasam, porém, quem assistiu ao show do Skol disse que as novas músicas novas fogem do eletro deles e tendem ao funk…Será? Sinceramente espero que não. Tal fato poderei conferir em uma próxima apresentação deles.

Bueno, por volta das 22h30 já estava esperando a apresentação do Justice, nós e mais uma multidão. Com um pequeno atraso a cortina abriu e a Cruz, símbolo dos rapazes, acendeu e o povo foi ao delírio. E a dupla não deu trégua. Foi uma hora de show (muito curto por sinal) onde eles modificaram boa parte das músicas que conhecemos, por exemplo, Stress, tocavam trechos dessa música com outras, D.A.N.C.E, o hit que os deixou famosos, foi modificado bastante e esticado em uma versão punk. E claro, para fechar o grande sucesso do Justice, We are your friend, o público fez coro e bateu palma junto com os franceses, e o que dizer da versão de DIVINO? Pancadaria no cérebro! Mas, ainda tinha mais.

Após o Justice foi, momento bom pra andar pelo Anhembi e ver o que estava acontecendo ao redor do evento e claro, observar os corpos. Bom, na primeira parte nada demais, pior, uns DJs meio cafonália e bem chatos, não empolgava ninguém, a mim pelo menos. O jeito era pegar uma cerveja e olhar as pessoas e flertar, pelo menos nessa parte o bar era rápido, com exceção de um próximo a Tenda Skol, irritante ao extremo!

Pra cima, pra baixo, esquente e jah é 2h30, corre pro palco e pega um lugar bom pra ver o Digitalism, a principal atração do evento ao lado do Justice e valeu à pena. E, às 3h em ponto os moços alemães entram em cena com um palco foda! A mesa deles era um painel com telão e outro telão fica atrás dos rapazes e foi demais, o melhor show da noite. Não deram chance pra respirar. Vale registrar a simpatia do vocalista Jens Moelle, a cada música executada ele dizia "eaí São Paulo", com o sotaque típico. Será difícil esquecer "Idealistic" ao vivo, "Pogo" (uma das minhas preferidas), I want I want também foi demais. Espero que eles voltem logo ao Brasil.

Bom, numa comparação eu diria que: o Justice supera o Digitalism no quesito improviso e criatividade nas interpretações ao vivo, porém, os alemães possuem um carisma e uma energia que é impossível ficar parado, também conta a muito a favor deles a estrutura do palco, muito bem pensada. Sejamos honestos, hoje em dia conta muito essa aliança: a música e a performance, nesse caso os franceses são muito frios, quase blasé. E mais, o Digitalism possui aquela pegada rocker agressiva, tão rara hoje nos grupos musicais. Enfim, o ingresso valeu a pena pelos dois, só isso já justificou a ida ao Skol Beats 2008.

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