Após denunciar que sofria assédio sexual por parte de um sargento do sexo masculino, a soldado lésbica Kerry Fletcher, de 32 anos, entrou com uma ação no tribunal da Grã-Bretanha e será indenizada em 187 mil libras esterlinas (o equivalente a R$ 667 mil) pelo Ministério da Defesa britânico.
Durante o julgamento do caso, em 2007, foi revelado que Fletcher recebia mensagens de celular explícitas buscando sexo de um sargento da mesma instalação militar que a sua, em North Yorkshire. Uma das mensagens dizia: "Olha, eu posso te converter. Você não sabe o que está perdendo."
O tribunal considerou se tratar de "um caso grave de vitimização depois de uma alegação de assédio sexual", concluindo que Fletcher "foi submetida a uma campanha de vitimização por um longo período".
Ainda este ano, o Ministério da Defesa ofereceu a soldado um pedido de desculpas pela conduta do sargento.
"Ficou claro que as autoridades no regimento ficaram do lado dele e contra mim", disse Fletcher à BBC, que afirmou ter visto sua situação piorar após ter levado o caso à Justiça.
Em fevereiro, ela notificou a força de que deixaria a Artilharia Real do Exército, depois de dez anos de serviço.
