De acordo com um estudo realizado por pesquisadores do Instituto de Saúde, Faculdade de Medicina da USP e do Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids da Secretaria de estado da Saúde de São Paulo, homossexuais e bissexuais têm três vezes mais chances de adiar o teste de HIV em comparação aos heterossexuais.
Dificuldade em ter acesso ao exame foi apontada por 50% como a principal causa para postergar a realização do teste. O medo da doença e do preconceito que existe em torno dela (15%); e os problemas organizacionais dos serviços, com limitação de horário, exigência de documentos e lotação (15%).
"Os resultados mostram que o medo e a falta de acesso aos serviços fazem com que as pessoas mais atingidas pela epidemia deixem de fazer o teste", declarou o pesquisador da Faculdade de Medicina da USP, Alexandre Grangeiro, à Agencia de Notícias.
A pesquisa, apresentada na semana passada nos Congressos e Fóruns de Prevenção em DST, Aids e Hepatites Virais em São Paulo, entrevistou 938 usuários de três CTA brasileiros (São Paulo, Olinda e Santarém) em 2011. No total, 20% das pessoas entrevistadas adiaram a decisão de fazer o teste.