Em depoimento na quarta-feira 13, dois amigos do francês assassinado no domingo depois da parada gay de São Paulo afirmaram que Grégor Erwan Landouar não era gay.
Segundo as declarações de João Monteiro da Cunha Salgado, que hospedava Gregor em sua casa, a vítima havia se separado da mulher recentemente e tinha ido à parada gay apenas por “curiosidade”.
Marcelo Bittencourt, também amigo de Grégor, corroborou a informação: “Ele nunca manifestou qualquer interesse nesse sentido [ser homossexual].”
Para o delegado responsável pelo caso, Flávio Afonso da Costa, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa, os depoimentos colhidos com os amigos não são suficientes para descartar a hipótese de crime de ódio, já que a região onde o crime ocorreu, nos Jardins, é conhecida pela freqüência gay.
“Ainda não podemos descartar homofobia porque a vítima estava em um ponto muito freqüentado por homossexuais”, acredita o delegado.
Grégor foi esfaqueado diversas vezes por quatro desconhecidos ao sair do bar Ritz, por volta de 22h30, e morreu pouco depois em um hospital da capital paulista.