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Suaves gotas

Após um dia azul e amarelo, de céu e mar misturados, o sol se punha, lançando línguas vermelhas laranjas turquesas lilases no céu de fim de tarde. Do sudeste, soprava uma brisa fria, trazendo nuvens cinzas que guerreavam com o colorido ao alto.

Sentadas na areia, deixávamos o vento bater em nossos corpos. Ela se aninhou em meus ombros para se proteger do frio. Aos poucos, as nuvens se juntaram, e a garoa começou.

Não nos movemos. Na frente da barraca, continuamos observando as gotas caindo levemente no mar. Ela fechava por vezes os olhos, para prestar atenção ao som do tamborilar leve da chuva nas ondas, inclinando a cabeça para o lado e deixando a boca entreaberta. Eu só a observava, maravilhada com ela e com o mar.

Com a cabeça no meu ombro, ela passou a deslizar as mãos nas minhas costas. Suas mãos, ainda quentes, misturadas às gotas frias da chuva, me provocaram arrepios. Ela sorriu e me beijou deliciosamente, enquanto me deitava sobre a canga. A boca quente, a língua que se fundia à minha, devagar, num beijo molhado, cheio de amor e desejo, me deixaram completamente entregue. Levantei as mãos sobre a cabeça, mostrando que estava ao seu dispor. Sentada sobre meu corpo, tirou o biquíni devagar, deixando à mostra os seios fartos, mas quando quis tocá-los ela delicadamente debruçou-se sobre mim, colocando minhas mãos novamente sobre minha cabeça.

– Quietinha… , ela disse, sorrindo. Eu era dela.

Deitou-se sobre mim, segurando minhas mãos no alto, e começou mover os quadris enquanto me beijava, como só ela sabe fazer. A noite já apontava e a garoa se revezava com janelas de céus estrelados. Sem nenhuma pressa, passou a mordiscar meus seios por cima do biquíni, enquanto sua mão me tocava. Eu, já molhada, logo senti seus dedos em mim, firmes. Ela mordia meus lábios, e eu rebolava em seus dedos.

A garoa aumentou, o que pareceu aumentar seu desejo. Com sede, ela lambia as gotas de meu corpo, pescoço, enquanto eu sentia seu suor quente misturando-se às gotas da chuva. Foi descendo com a língua pela minha barriga, moveu a parte de baixo do meu biquíni para o lado, até me encontrar toda molhada, pedindo por ela num gemido:

– Isso, me chupa.

Ela revezava entre os dedos dentro de mim e a língua passando devagar sobre meu clitóris. Chupava, lambia, metia. Eu ouvia o som do mar, da chuva, dos gemidos de prazer dela em me dar prazer, e tudo me entorpecia, o mundo girava, eu parecia embriagada, inebriada. Eu gemia cada vez mais alto, pedindo mais, mais. A cada pedido, sua língua ficava mais rápida e seus dedos, mais firmes. Ela me conhecia, sabia como me dar prazer.

Soltando um grito, gozei. Em sua boca, em suas mãos. Ela me abraçou, deitou-se sobre mim e deu um sorriso lindo, porém permaneceu com os dedos dentro de mim, para sentir as contrações do meu corpo. Alguns minutos depois a chuva piorou consideravelmente. Fomos correndo para nossa barraca.

Fechei o zíper da porta, com pressa. Quando a olhei, ela estava deitada, com as pernas abertas, se tocando sobre o biquíni. Sorri, e fiquei olhando ela me provocar. Ela passava as mãos sobre os seios, apertando os bicos, já durinhos. Enfiou a mão por dentro do biquíni e colocou os dedos dentro de si, rebolando e me deixando louca.

Deitei-me ao lado dela, puxei sua mão e chupei seus dedos, sentindo aquele gosto maravilhoso que me dava um tesão incontrolável. Ela me olhou com desejo, me desafiando, o que eu amava.

Olhando nos seus olhos, tirei a parte de baixo de seu biquíni. Arranhei e mordisquei, de leve, todo seu corpo: seu pescoço, seus seios, sua barriga, suas coxas. Pedi:

– Fica de quatro pra mim…

Ela se virou rapidamente, empinando aquela bundinha linda para mim. O desenho de seu corpo naquela posição era irresistível. Deitei-me debaixo dela e a chupei com gosto, enfiando minha língua em sua vagina, chupando seu clitóris, passando rapidamente a língua, como ela gostava que eu fizesse. Ela rebolava sobre meu rosto, gemendo alto.

A chuva lá fora estava forte, e as gotas caíam sobre a barraca, fazendo um barulho delicioso. Estávamos suadas, e eu via as gotas de suor escorrendo sob seus seios e sua barriga. Quando ela estava quase gozando, eu parei…

Levantei-me e fiquei atrás dela. Penetrei-a com os dedos, enquanto puxava seus cabelos de leve e lambia suas costas. Metia fundo, com força, mas lentamente, enquanto ela rebolava deliciosamente nos meus dedos… Passei a lamber seu cuzinho, bem de leve, mas sem tirar meus dedos de dentro dela… Ela rebolava cada vez mais rápido.

Bem devagar, enfiei dois dedos em seu cuzinho… Ela gemeu de prazer, empinou a bunda e aumentou a intensidade com que rebolava:

– Ai, que delícia, me faz gozar assim pra você.

Abriu ainda mais as pernas, e eu acelerei o ritmo… Sentia seu ânus se contraindo, e ela cada vez mais molhada. Ela gemia, pedindo mais, e eu gemia ao sentir as pulsações de seu corpo.

A tempestade aumentava, o vento soprava com um barulho ensurdecedor, que se misturava aos gritos de prazer dela.

Abracei-a por trás, e metia cada vez mais fundo naquele corpo quente e suado, enquanto mordia suas costas. Agora ela que ditava o ritmo, indo e vindo. Inclinou-se para poder me beijar, e gritou:

– Não para, vou gozar na sua mão…

Debruçou-se novamente, e rebolou com força em meus dedos. E, entre gemidos altos, senti que estava próxima do gozo. Aumentei a intensidade com que a penetrava, e, com um espasmo, ela gozou, curvando-se toda para trás.

Senti sua vagina e seu cuzinho se contraírem. Quase que instantaneamente, a chuva parou. Devagar, tirei meus dedos de dentro dela, que se deitou, exausta. Abri um pouco a porta da barraca, que foi inundada por uma bem-vinda brisa fria. Deitei-me ao lado dela, e a abracei. Adormecemos, uma ao lado da outra. Como deveria ser, pra sempre.

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