Madonna pode se arriscar a fazer qualquer coisa. É performática, talentosa, sexy, menos uma boa atriz. As experiências da material girl no cinema não foram consideradas dignas de aplauso. Basta lembrar do fracasso de “Destino Insólito” (2002), filme dirigido por seu marido Guy Ritchie, que levou a imprensa mundial a ridicularizá-la.
Mesmo sabendo que sua vida é a música – e ciente que será sempre criticada por seguir outros rumos – Madonna estréia na direção com a comédia “Filth and Wisdom” (Sujeira e Sabedoria, em livre tradução), que foi exibida nesta quarta-feira (13) na seção Panorama do Festival de Berlim. O filme conta a história de um imigrante ucraniano que financia seus sonhos de se tornar uma estrela com um emprego de um crossdresser dominador.
Estrelado por Eugene Hutz, líder ucraniano da banda de punk cigano Gogol Bordello, e pelo ator britânico Richard E. Grant, “Filth and Wisdom” tem quase uma hora e meia de duração e foi rodado em Londres.
Em entrevista à agência AFP, Madonna disse que adorou atuar por detrás das câmeras, mas ressaltou que sentiu falta dos holofotes. “Quando eu dirigo meus shows, tenho que fazê-los e é uma experiência muito visceral e, ao dirigir, você vive tudo isso mais na sua cabeça”, disse. “Fiquei morrendo de ciúme dos atores e tive que me adaptar para trabalhar do pescoço para cima.”
Na sessão de estréia do filme, o público se manifestou poucas vezes, mas definitivamente quebrou o silêncio nas cenas de striptease ao som de “Erotic” e “Hit Me Baby One More Time”, de Britney Spears.
Em maio, o segundo filme dirigido por Madonna estréia em Cannes. Trata-se de um documentário sobre o Maláui, país no qual a cantora adotou uma criança em 2006.
Aqui, você assiste a uma entrevista que a cantora deu sobre o filme à Spiegel TV.