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Super mãe! Casal de homens terá filho gerado pela mãe de um deles

Aos 44 anos, a brasileira Quitéria de Souza Cintra Albuquerque, casada com Carlos de Albuquerque, 47 anos, pais de Jefferson, ofereceu o seu ventre, espontaneamente, ao saber que o filho e o genro iriam pedir a uma prima brasileira para gerar o filho deles.

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O sonho, para a felicidade de toda a família, foi concebido em dois meses, aqui no Brasil.
 
"Quando o resultado dos exames da minha mãe comprovou que ela poderia gerar a criança, conversamos com o meu pai. Ele adorou a ideia de ter um neto. Meus dois irmãos e avós estão muito felizes, também. Depois, começamos a procurar por uma doadora de óvulos aqui no Brasil. Tentamos dois embriões, um com o sêmen do Julien e o outro com o meu. Só um deu certo, mas a gente não sabe de quem é. E não pretendemos saber. O filho é nosso", conta Jefferson.
 
O medo do casal era de a mãe se apegar demais ao bebê. Mas tudo foi conversado e deu certo. Julien, que chegou ao Brasil na quinta passada para acompanhar o parto, disse que a família dele levou, inicialmente, um susto:
 
"Foi surpreendente para eles. Mas foi bem aceito por todos".
 
Quitéria também mora na França com o resto da família e aceitou tudo com naturalidade. Mãe de outros dois filhos, ela já havia conversado com a filha que emprestaria a barriga para ela, caso fosse necessário.
 
"Quem poderia amar mais um bebê do que os avós? Eu tinha medo da prima se apegar ao neném e, depois, não querer entregá-lo. Meu filho casou e estava à procura de alguém. Eu disse que carregaria o filho deles. Quando o Ezra nascer, vou tratá-lo como meu neto. A responsabilidade é toda dos dois, que são pais da criança", diz Quitéria.
 
A dificuldade maior encontrada pelos três foi explicar aos amigos, já que na França o procedimento é proibido. Uns entenderam. Outros, até hoje, acham estranho:
 
"Explicamos que a minha barriga é só um abrigo para o meu neto. Não há nada meu no bebê. A maioria entendeu", afirma Quitéria.
 
Antes do bebê, Jefferson e Julien tentaram vir morar no Brasil, mas não deu certo. Além da falta de estrutura e de emprego, eles contam que foram agredidos em Copacabana. Passeavam de mãos dadas quando um rapaz ameaçou soltar o cachorro em cima deles.
 
"Isso nunca aconteceu com a gente na França. Andamos de mãos dadas pelas ruas de lá sem problemas. Agora, no Rio, quando vamos à rua, mantemos distância um do outro. Temos medo da violência", conta Jefferson, que chegou com a mãe ao Brasil há 15 dias para que ela tivesse o bebê aqui.
 
Segundo a advogada do casal, Vera Fontes, o procedimento permitido no Brasil é o de fertilização in vitro:
 
Os óvulos foram recebidos por doação e os espermatozoides foram fertilizados fora do corpo. Depois, o embrião foi inserido no útero da avó Quitéria. Foi assinado termo de consentimento das partes, inclusive do marido da Quitéria (no caso, avô). A lei faz esta exigência para evitar futura demanda judicial.
 
Uma semana depois do parto, tudo correndo bem, como esperado, os três embarcarão de volta para a França. Estão ansiosos para apresentar Ezra para o resto da família.
 
"Não é um nome comum. Mas a gente gosta. Sabe o que significa? É ‘ajuda’. Se não fosse a ajuda da minha mãe, a gente não conseguiria ter o nosso filho. Estou doido para pegá-lo nos braços. A mais empolgada de todos com a história é minha avó, que quer ver o seu bisneto", conta Jefferson.
 
Fonte: O Globo

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