No primeiro bimestre de 2025, o agronegócio paulista apresentou um superávit de US$ 3 bilhões, consolidando-se como um dos principais pilares da economia do estado. As exportações totalizaram US$ 4,03 bilhões, enquanto as importações somaram US$ 1,02 bilhão. Apesar do resultado positivo, houve uma queda de 25,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, principalmente devido à diminuição nas vendas de açúcar, que é o carro-chefe das exportações paulistas. Essa situação se deve à forte concorrência de países como Índia, Tailândia e na União Europeia, que aumentaram a disponibilidade do produto no mercado internacional, além da decisão dos produtores de priorizar a comercialização no mercado interno, onde os preços estavam mais favoráveis devido à desvalorização do dólar em relação ao real no início do ano.
São Paulo se manteve como o maior exportador brasileiro, com 18,1% de participação no total das exportações do país, seguido por estados como Mato Grosso e Minas Gerais. O setor de sucos e o complexo sucroalcooleiro foram responsáveis por mais de 50% das exportações, refletindo a força das agroindústrias paulistas na economia nacional. Os dados mostram que o grupo de sucos teve uma participação de 88% nas exportações totais, enquanto os produtos alimentícios diversos e produtos de origem vegetal também se destacaram, com taxas de 69,8% e 65,8%, respectivamente.
Os principais grupos de produtos exportados no primeiro bimestre foram o complexo sucroalcooleiro, com 27% de participação, seguido pelo grupo de sucos, carnes, produtos florestais e café. O complexo sucroalcooleiro representou US$ 1,09 bilhão, com o açúcar correspondendo a 91,6% desse total. O setor de sucos somou US$ 573,74 milhões, sendo quase todo referente ao suco de laranja. As carnes, especialmente a bovina, também mostraram uma forte presença nas exportações, totalizando US$ 567,76 milhões.
Esses números evidenciam a relevância do agronegócio paulista não apenas para São Paulo, mas para todo o Brasil, sendo um setor que continua a se destacar mesmo em tempos de instabilidade econômica. A expectativa é que as vendas de soja, que atualmente ocupam a sétima posição nas exportações, aumentem conforme avança a colheita no estado, contribuindo ainda mais para a balança comercial positiva do agronegócio paulista.
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