As reviravoltas no caso que chocou o mundo não param, desta vez um homem se identificou como amante de Omar Mateen, extremista que matou 49 pessoas em uma boate gay de Orlando.
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Em entrevista à “Univision”, ele afirma que o atirador atacou a casa noturna por vingança contra os homossexuais e, em particular, os porto-riquenhos.
A maioria dos frequentadores da boate Pulse naquela noite era de latinos — e, em especial, de Porto Rico, que tem uma grande comunidade de imigrantes na Flórida.
Na entrevista à TV americana, que se dedica ao público hispânico, o suposto amante do atirador disse que Mateen cultivava uma vontade de vingança. Isso porque, no passado, ele teria conhecido dois porto-riquenhos na boate Pulse. Segundo o entrevistado, eles tiveram relações sexuais sem proteção e, logo depois, um deles contou a Mateen que era HIV positivo.
— Ele odiava os gays porto-riquenhos por todas as coisas más que lhe fizeram — disse o entrevistado, que não quis se identificar, à “Univision”.
O FBI confirmou ter entrevistado o suposto amante do atirador, que contatou as autoridades para relatar sua relação com Mateen. Ele preferiu que seu nome não fosse divulgado pela imprensa e quis ter o rosto maquiado como medida de precaução para aparecer frente às câmeras.
O entrevistado ainda relatou que conheceu Mateen pelo aplicativo de namoro homossexual “Grindr”. Eles tiveram um encontro em um bar local e, então, desenvolveram uma relação de “amizade com benefícios”.
Em dois meses, eles teriam se encontrado entre 15 e 20 vezes no hotel Ambassador de Orlando. Na entrevista, ele descreveu Mateen como uma pessoa doce e adorável — o que lhe fez ficar surpreso ao saber do massacre na boate gay.
Uma recepcionista do hotel confirmou à “Univision” que o rosto de Mateen lhe era familiar. Melanie Mercado disse que ele ficou hospedado lá por 63 dias entre outubro e dezembro de 2015.
No dia 12 de junho, Mateen entrou armado na boate Pulse e lá cometeu o maior ataque armado da História dos EUA. Naquela noite, a casa noturna realizava uma festa latina. Ele jurou fidelidade ao Estado Islâmico (EI), que reivindicou a autoria do atentado.
Em São Paulo, manifestates se reúniram na Av. Paulista para prestarem homenagem as vítimas do ataque: