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Suprema Corte dos EUA analisa veto a livros LGBTQIA+ em escolas infantis

Pais religiosos de Maryland tentam banir obras com amor gay do currículo escolar básico

Suprema Corte dos EUA analisa veto a livros LGBTQIA+ em escolas infantis

Pais religiosos de Maryland tentam banir obras com amor gay do currículo escolar básico

Uma história singela, onde um príncipe salva um cavaleiro e, no desenrolar, eles se apaixonam, virou o centro de uma polêmica que chegou à Suprema Corte dos Estados Unidos. O livro Príncipe e Cavaleiro, junto a outras quatro obras infantis com personagens LGBTQIA+, está sendo contestado por famílias religiosas do condado de Montgomery, em Maryland, que querem impedir que seus filhos tenham contato com esses materiais durante o ensino fundamental.

Os pais argumentam que tais livros promovem ensinamentos que conflitam com suas crenças religiosas, principalmente por envolverem o amor entre pessoas do mesmo sexo e narrativas sobre identidade de gênero. Eles pedem o direito de retirar seus filhos das aulas que incluam esses conteúdos, mas o sistema escolar local rejeitou essa possibilidade, alegando que a exclusão disruptiva dos estudantes inviabiliza o funcionamento do currículo.

O que dizem os livros e a controvérsia

Esses livros não abordam educação sexual propriamente dita, mas contam histórias do cotidiano, com personagens que enfrentam desafios, sentem emoções e vivem aventuras, assim como os clássicos contos infantis. Além de Príncipe e Cavaleiro, há obras como O Casamento do Tio Bobby, que mostra a preocupação de uma criança com o casamento do tio gay; Com Amor, Violet, sobre o nervosismo de uma menina ao entregar um cartão de Dia dos Namorados a outra garota; e Nascido Pronto, que relata a experiência de um menino transgênero.

Para o sistema escolar, esses livros representam a diversidade das famílias que compõem a comunidade local e não têm a intenção de pressionar alunos a mudarem crenças religiosas.

Impacto e repercussões

O caso chega à Suprema Corte em um momento de forte influência conservadora no tribunal, que tem apoiado causas relacionadas à liberdade religiosa. Para grupos contrários à proibição, a tentativa de vetar esses livros é vista como uma censura disfarçada que ameaça o direito à diversidade e à livre expressão.

Organizações como a PEN America destacam que retirar esses livros do currículo escolar prejudica a inclusão e a visibilidade LGBTQIA+, além de privar crianças de histórias que refletem suas vivências e sentimentos.

Autores desses livros, incluindo figuras públicas como a deputada estadual de Delaware DeShanna Neal, que coescreveu Meu Arco-Íris — um relato sensível da experiência de sua filha transgênero — afirmam que a escola deve ser um espaço para aprender sobre as diferenças e respeitar as identidades de todos.

Por que essa discussão importa para a comunidade LGBTQIA+

O debate sobre o veto a livros LGBTQIA+ em escolas infantis não é apenas uma questão jurídica, mas um símbolo das lutas por representatividade, respeito e direitos humanos. Garantir que crianças LGBTQIA+ e suas famílias sejam vistas e celebradas desde cedo é fundamental para construir uma sociedade mais justa e acolhedora.

Ao acompanhar esse processo, reforçamos a importância de defender espaços educacionais inclusivos, onde todas as crianças possam se sentir seguras e livres para serem quem são, sem medo de censura ou discriminação.

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