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Suspeito de matar homem com 20 facadas admite crime homofóbico na Bahia

João Afonso de Sena Henrique (foto ao lado), de 21 anos, admitiu ter assassinado Gilmar Bonfim de Jesus (foto abaixo), de 41 anos, na última segunda-feira (5) em São Marcos, Bahia. Ele golpeou a vítima, que era homossexual e que havia lhe dado abrigo, em mais de 20 facadas.

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Em depoimento, João afirmou que Gilmar lhe ofereceu a casa após alegar não ter onde ficar. Mas que na segunda noite, Gilmar tentou manter relações sexuais com ele, que o assassinou com facadas no pescoço, tórax e abdômen e ateou fogo na casa.

"Ele diz que não tinha percebido que a vítima era homossexual e que, se soubesse, não teria ido para a casa dele", declarou a delegada Cleuba Regina Teles de Barros, da 2ª Delegacia de Homicídios.

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João, que é de Campinas Grande, da Paraíba, fugiu para a Bahia depois de vários antecedentes criminais e estar em regime condicional por formação de quadrilha e porte ilegal de arma.

Ele também admitiu ter matado o tio, Carlos Augusto Abdias, e enterrado o corpo no terreno em que morava. Ele contou com a ajuda da mãe.

Em entrevista ao Correio, o militante Luiz Mott – que contabiliza os crimes pelo Grupo Gay da Bahia – diz que a justificativa de assédio é corriqueira entre assassinatos homofóbicos. "Muito comum esse tipo de desculpa de que houve assédio, ou o parceiro tentou inverter os papéis sexuais. A elucidação do crime é difícil por não ter testemunhas".

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