Preso ontem em flagrante na zona sul do Rio após ter assassinado uma travesti identificada como Tiara, o estudante de direito e lutador de jiu-jítsu Leonardo Loeser de Oliveira, de 27 anos, foi reconhecido hoje por colegas, que faziam programas na mesma região que Tiara, na Lapa.
De acordo com a testemunha, o lutador apresentava um comportamento diferenciado da maioria dos clientes. “Ele estava paranoico. Ficava olhando pela fresta debaixo da porta porque achava que alguém podia estar vendo a gente – disse uma travesti, que preferiu não se identificar, ao jornal Extra.
Tiara foi encontrada morta no fundo da casa de Leonardo, que mora com os pais. A vítima apresentava ferimentos na cabeça, causados por uma peça de louça que teria sido arremessada sobre ela, e parte do corpo queimado.
O laudo pericial concluiu que a Tiara morreu de uma forte pancada na cabeça depois de uma luta corporal. Amigos do lutador afirmaram, na Divisão de Homicídios (DH), que ele usava crack há mais de um ano e meio e que costumava ter relações homossexuais.
Segundo a delegada Tatiana Queiroz a hipótese de crime homofóbico pode ser descartada, já que Leonardo mantinha relações com travestis, no entanto, não descarta a possibilidade de que o estudante estivesse sob o efeito do crack.