Tammy Smith, de 49 anos, foi promovida pelo Exército americano a general de brigada. Conforme manda o protocolo da cerimônia formal, o parceiro ou parceira do soldado é quem deve colocar a insígnia correspondente no ombro da oficial.
Foi aí que o Tracey Hepner, esposa de Tammy, ganhou destaque. Coube a ela condecorar a parceira, tornando-a a primeira general assumidamente lésbica dos EUA.
Tammy Smith e Tracey Hepner se casaram em março de 2011. A oficial, que tem 26 anos no Exército, serviu no Afeganistão entre dezembro de 2010 e outubro de 2011.
No ano passado, quando a lei que proibia gays e lésbicas de serviram abertamente nas Forças Armadas ainda não havia sido revogada, Tammy deu uma declaração ao jornal “Star & Stripes” sobre o tema.
“É pouco provável que meus companheiros tenham conhecido a algum gay. E é menos provável ainda que eles tenham uma imagem positiva dos gays”, disse para revista. “O melhor que pode acontecer se a lei for revogada é que eu e minha mulher poderemos sair para beber juntas, sem ter que estar sempre preocupadas”, declarou a oficial, usando um codinome.
Agora, com a revogação da lei, a general Tammy se torna motivo de orgulho àqueles que lutaram pelo direito de LGBTs servirem ao exército
“Abre-se uma nova era no Exército americano quando nossos líderes reconhecem quem são e servem ao país que amam ao mesmo tempo. A general de brigada Tammy Smith fez história hoje, não só por ser um membro de uniforme exemplar, que serve nossa nação com integridade e honra, mas por ser uma lésbica orgulhosa de si mesma, e que admite assim o tremendo sacrifício que sua família assume para que ela possa lutar a serviço pelo seu país”, declarou Aubrey Sarvis, veterana do Exército e diretora-executiva da “Servicemember Legal Defense Network”, que trabalha a favor da igualdade nas Forças Armadas.
Tammy Smith recebendo a insígnia de sua esposa Tracey Hepner