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Telemar é condenada a pagar indenização a transexual

A empresa carioca de telefonia Telemar foi condenada pela Justiça do Rio de Janeiro a pagar indenização no valor de R$ 6 mil à transexual Paula por danos morais. A trans, que é engenheira, entrou com processo na justiça depois de ser vítima de discriminação pelo telemarketing da empresa.

Segundo Paula, a pessoa que atendeu a chamou de "viado encubado", porque ela se recusou a aceitar um pacote oferecido pelo atendente. Graças ao identificador de chamadas de seu telefone, a vítima conseguiu entrar em contato com o supervisor do telemarketing e registrar denuncia na ouvidoria da empresa. Ela também fez queixa na Delegacia Legal do Centro.

Na sentença, a Telemar não apresentou provas de que não havia feito a ligação e também não questionou o protocolo de atendimento mencionado pela vítima. "Estou muito feliz com a decisão da Justiça, porque foi reconhecido que a atitude do atendente realmente foi indevida e incoerente", disse Paula.

A transexual contou com o apoio jurídico do Centro de Referência de Enfrentamento à Homofobia, projeto realizado pela Organização de Direitos Humanos Projeto Legal que também recebe apoio da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH).

O advogado Carlos Nicodemos, coordendor executivo da Organização de Direitos Humanos Projeto Legal, declarou que o caso de Paula pode servir de exemplo e lição para empresa. "Tratando-se de uma empresa com uma política institucional de responsabilidade social, temos a certeza de que medidas internas serão tomadas não só no campo da responsabilização do funcionário, mas também da internalização de uma cultura da tolerância.", declarou.

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