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“Tem coisas na TV que agridem mais do que um beijo gay”, diz ator de “Fina Estampa”

O personagem de Carlos Vieira, o Fred de "Fina Estampa", teve um final trágico. Mesmo assim, o ator ainda colhe os frutos de sua participação no folhetim. Em entrevista, Carlos falou sobre o carinho do público, que obviamente aumentou depois de sua participação na novela das 21h, e também sobre a polêmica do beijo gay.

"Tenho recebido muito carinho. No dia seguinte à cena da morte, eu andava aqui pelo Leblon e as pessoas, depois de me reconhecerem, olhavam imediatamente para o meu pé, procurando a tatuagem de escorpião", disse ao Ego. A tatuagem, aliás, era uma das únicas pistas sobre o amante de Crô (Marcelo Serrado) que, com a morte de Fred, berrou aos quatro cantos que estava "viúva".

Se o personagem de Carlos não tivesse morrido, com certeza surgiria logo menos a polêmica do beijo gay. Afinal, qualquer casal homossexual que aparece em uma novela, já vem com a "esperança" de protagonizar um momento histórico na TV. Para Carlos, "quanto mais polêmica se cria em torno do assunto [beijo gay], mais ele fica valorizado".

"Tem coisas na TV que agridem mais do que um beijo gay. Tem sexo, violência… Não defendo nem ataco quem critica, entendo a preocupação dos pais. Mas será que o problema é a criança ou a sociedade?", questiona o ator.

Sobre seu colega de trabalho, Marcelo Serrado, que recentemente declarou que não gostaria que sua filha assistisse a um beijo gay, Carlos Vieira rasga elogios. "Ele está fazendo muito bem, com maturidade. O Crô virou quase um cartoon, é engraçado e bem popular", declarou.

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