Após as polêmicas declarações no jornal “SBT Brasil” do dia 20 de março, no qual fez um discurso em defesa do deputado Marco Feliciano (PSC – SP), a apresentadora Rachel Sheherazade resolveu se justificar.
Em entrevista para a coluna “Terraço Paulistano” da revista Veja São Paulo, Rachel declarou: “Não apoio o Marco Feliciano”.
A âncora disse que ficou surpresa com as reações negativas em torno das suas declarações. “Fiquei surpreendida negativamente. Disseram que eu apoiava as ideias dele. Imagina! Tenho amigos gays e ascendência africana. Eu opinei sobre a democracia, que está em risco”, declarou a jornalista.
Rachel também afirma que não se arrepende do que falou. “Antes, a âncora se maquiava, lia notícias, dava boa noite e ia embora. Eu fui contratada para opinar. Algumas pessoas não estão preparadas para a liberdade de expressão e há quem prefira a censura”, disse a apresentadora.
A jornalista revela que foi chamada de musa do conservadorismo quando disse ser contra o aborto. “Nem todo conservadorismo é ruim. É diferente de ser retrógrado”.
Ela também nega um suposto abaixo-assinado idealizado por funcionários do SBT intitulado “Rachel não nos representa”. “Isso não existe. E não sou paga para ser marionete de artistas, funcionários e diretores”.
No último dia 20, após exibir uma reportagem sobre um protesto contra Marco Feliciano na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, Rachel declarou: "Um homem não pode ser condenado por suas crenças, nem discriminado por causa delas. É uma garantia constitucional. Gostem ou não, Marcus Feliciano foi eleito democraticamente. Por mais que sejam polêmicas suas opiniões pessoais, não se pode confundir o pastor com o parlamentar".