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Terrence Howard revela motivo para recusar papel com beijo gay

Ator fala sobre arrependimento e explica por que não aceitou interpretar Marvin Gaye

O ator Terrence Howard abriu o coração ao contar uma decisão que mudou sua carreira: ele recusou o papel de Marvin Gaye em uma cinebiografia porque não queria gravar cenas de beijo com homens. Em uma entrevista sincera ao podcast de Bill Maher, Howard classificou essa escolha como o maior erro de sua trajetória artística.

Um dilema entre papel e autenticidade

Durante a conversa, Terrence relembrou um momento decisivo na casa do lendário produtor Quincy Jones. Ao ouvir rumores sobre a sexualidade de Marvin Gaye, ele questionou Jones, que confirmou que o cantor era gay. Isso fez o ator refletir sobre o desafio que enfrentaria para encarnar essa personagem.

“Eles me pediriam para fazer isso e eu não seria capaz. Não sei fingir, isso me f*d*ria. Eu cortaria meus lábios fora. Se eu beijasse um homem, eu cortaria meus lábios fora”, afirmou, mostrando a intensidade do conflito interno que sentiu.

Expressando respeito e limites pessoais

Mesmo com essa posição firme, Terrence Howard destacou que sua recusa não tem relação com homofobia. Ele explicou que não conseguiria se entregar plenamente ao papel sem entender ou sentir-se confortável com a experiência que deveria representar.

“Isso não faz de mim homofóbico, não querer beijar um homem. Eu não posso interpretar 100%. Eu não posso me entregar para um lugar ao qual eu não entendo”, esclareceu, reforçando a importância do respeito às próprias limitações.

Quem foi Marvin Gaye?

Marvin Gaye, um dos maiores ícones da música soul e R&B, teve uma vida marcada por talento e tragédia. Ele foi assassinado pelo próprio pai em 1984, aos 44 anos. Embora não tenha falado publicamente sobre sua sexualidade, Marvin foi casado duas vezes e teve três filhos, incluindo um adotivo.

Entre suas obras mais famosas estão os álbuns What’s Going On (1971), Let’s Get It On (1973) e Midnight Love (1982), de onde saiu o hit Sexual Healing, que lhe rendeu um Grammy.

O impacto da recusa e reflexões sobre representatividade

Apesar da recusa, o filme biográfico sobre Marvin Gaye acabou não sendo produzido, o que fez com que a decisão de Terrence Howard não prejudicasse sua carreira. Ainda assim, seu relato traz à tona debates importantes sobre representatividade, aceitação e os desafios enfrentados por atores ao lidar com papéis que envolvem vivências diferentes das suas.

Para a comunidade LGBTQIA+, a história evidencia como o cinema e a televisão ainda precisam avançar na forma como abordam personagens queer e na preparação dos atores para abraçar essas narrativas com empatia e autenticidade.

Terrence Howard, com sua franqueza, provoca reflexões sobre o que significa interpretar e respeitar as próprias fronteiras, um tema que ressoa profundamente em jornadas de autoconhecimento e respeito às diversidades.

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