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Tetine quebra-tudo em show em São Paulo; confira entrevista exclusiva

Quinta-feira, 21/12. Esta data deve ficar na memória das pessoas que passaram pelo Coppola Music – aconteceu lá mais uma edição do projeto de música itinerante o 2 em 1. O projeto consiste em levar sempre dois nomes da música independente nacional a se apresentar em diversas casas de show pela cidade. Em 2005, o projeto, organizado por Rita Damasceno e Rodrigo Araújo, acontecia no Avenida Clube, mas este ano mudou de local. Desta vez os escolhidos para subirem aos palcos do Coppola foram Tetine e Comma. Também teve discotecagens, entre os destaques Ida Feldman e Marcio Banfi. Era mais ou menos meia noite quando a banda Comma começou sua apresentação e foi bem bacana. Comma é uma dupla formada por um casal de lésbicas. Érica toca violão enquanto sua namorada fica responsável pela bateria. Juntas tocam músicas simpáticas com clima de trilha sonora de filme americano que mostra uma vida numa cidade bem pacata. A maioria das letras da dupla sáfica é em inglês, mas as meninas ainda não têm material gravado. O momento mais aguardado, claro, era a hora do Tetine subir ao palco. Quando a dupla formada por Eliete Mejorado e Bruno Verner subiu ao palco houve um certo frenesi entre os presentes. Havia uma expectativa no ar já que fazia tempo que o duo não se apresentava por aqui. Responsáveis por difundir e levar o funk carioca para fora do país, o Tetine arrasou. Os melhores momentos da noite certamente foram quando tocaram seus remixes incríveis de já clássicos como Fama de Putona, da Tati Quebra Barraco, e Lick My Favela. O que mais surpreende no Tetine é a energia da dupla no palco. Eliete e Bruno requebram, dançam e rebolam até o chão. Eliete estava com um rabo de cavalo preso em seu shortinho e Bruno com um gorrinho bem no estilo “mano do funk”. Suas letras misturam tchutchuca e “eu sou tigrão” – como cantou Bruno. “I Go to the Doctor” e “Pelada do Flamengo” remixada e cantada sobre a base de “London Calling” do The Clash. Confira abaixo entrevista com Bruno Verner, do Tetine: Vocês gostam de se apresentar por aqui? Claro, com certeza. Se a gente pudesse a gente faria bem mais shows por aqui sim. O próximo CD do Tetine será lançado no Japão, Europa e EUA. Porque não lançam um CD aqui no Brasil? O nosso próximo álbum vai ser lançado por uma gravadora inglesa, então por isso não vai sair por aqui. No Brasil nós temos um CD lançado, que é o Bonde do Tetão, de 2004. Porque funk carioca? Em 2001 quando eu e Eliete já morávamos em Londres e ninguém gostava de funk carioca ainda a nós descobrimos o funk e ficamos apaixonados. Nessa época também ficamos amigos do DJ Marlboro que nos mandou toda sua coleção com inúmeras músicas de funk. Aí nós começamos a apresentar o programa de rádio sobre funk carioca. Fizemos uma coletânea com 18 remixes que foi lançado na Europa. Foi a primeira compilação do gênero lançada fora do Brasil. Quando nós conhecemos o funk nós falamos “puta, esse é o som do futuro, o funk é a dance music do século 21”. E a nossa intenção era mostrar isso, que música brasileira não era só bossa nova, mpb, que na música brasileira existia uma atitude muito própria. Nós ficamos impressionados com a performance das meninas funkeiras. A partir daí resultou o Bonde do Tetão, quando decidimos fazer as nossas remixes, nossas letras e fazer esse “electrofunk” com a nossa cara. Como o público lá fora reage as músicas? Reage bem, o pessoal costuma gostar. Mas depende também muito do lugar. Às vezes quando nos apresentamos o pessoal fica só olhando pra gente, mas às vezes a galera se contagia, sobe no palco, pula, dança, chacoalha, se diverte bastante. Tem gente que chega a subir no palco, ou quando a gente desce que tenta tirar a nossa roupa. Na Alemanha teve um cara que doido subiu no palco, me agarrou eu fiquei até assustado. Na sua opinião qual é o melhor CD do Tetine? Pergunta difícil essa. Depende, eu gosto de todos. Cada um representa uma fase, tem uma história, mas se for pra escolher um acho que é o “Música de Amor” de 1999, que é uma outra face do Tetine, muito diferente do que vocês viram aqui. Tem piano, violino, é lindo e bastante especial para mim.

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