A luta por direitos e a igualdade da comunidade LGBTQ+ no Texas ganha mais um capítulo com a recente proposta de legislação apresentada pelo senador republicano Bryan Hughes, que visa penalizar bibliotecas públicas que realizem eventos de leitura para crianças conduzidos por artistas drag. O projeto de lei, conhecido como Senado Bill 18, será discutido na quinta-feira, às 9 da manhã, em uma audiência da Comissão de Assuntos Estaduais do Senado. Essa iniciativa é uma repetição de uma tentativa anterior que não obteve sucesso na última sessão legislativa.
Segundo o texto da nova proposta, uma biblioteca municipal que hospedar um evento onde um homem se apresente como mulher ou uma mulher se apresente como homem para ler histórias a menores poderá perder o financiamento público. Essa suspensão de verba será aplicada no ano fiscal seguinte ao evento de leitura com drag queens. A proposta já conta com o apoio de todos os senadores republicanos, aumentando as chances de aprovação no Senado dominado por esse partido.
Hughes justifica a necessidade da lei com base em um incidente de 2019, quando um evento similar foi realizado em uma biblioteca de Houston, envolvendo um performer que era um criminoso sexual registrado. No entanto, a biblioteca já informou que não tem mais programações de histórias com drag queens e que todos os eventos são supervisionados por funcionários, assegurando que as crianças estejam sempre acompanhadas por um responsável.
O debate sobre essa legislação ocorre em um momento onde o governante do Texas, Greg Abbott, estabeleceu prioridades de emergência que não incluem questões relacionadas a eventos de leitura com drag queens. Contudo, o vice-governador, Dan Patrick, incluiu a proposta como uma prioridade para a sessão atual, o que explica a urgência em discutir o assunto na comissão.
As reações a essa proposta já começam a se intensificar, com a expectativa de que ativistas LGBTQ+ e legisladores democratas se oponham fortemente à medida, assim como aconteceu em tentativas anteriores. O cenário legislativo no Texas continua a ser um campo de batalha para os direitos da comunidade LGBTQ+, refletindo a polarização e as tensões sociais em torno de questões de gênero e expressão artística, especialmente em ambientes destinados à infância.
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