A banda The Bangles, uma das mais subestimadas dos anos 80, é lembrada por hits como “Manic Monday” e “Eternal Flame”. Embora tenham conquistado sucesso e reconhecimento, a trajetória do grupo foi marcada por desafios, muitos deles relacionados ao machismo da indústria musical da época. A nova biografia autorizada, “Eternal Flame”, escrita por Jennifer Otter Bickerdike, revela como a banda, conhecida por sua estética e sonoridade influenciadas pelo rock dos anos 60, enfrentou um ambiente hostil que muitas vezes ignorava seu talento e criatividade por serem mulheres.
O livro, que levou cinco anos para ser concluído, foi resultado de entrevistas com as integrantes Vicki e Debbi Peterson, além de Susanna Hoffs, e pesquisa em arquivos antigos sobre a banda. Durante as gravações, The Bangles se depararam com a necessidade de afirmar sua identidade musical, especialmente quando Prince, um dos ícones da música pop, se interessou por seu trabalho e ofereceu a canção “Manic Monday”. As integrantes se mostraram firmes em sua decisão de gravar a música à sua maneira, o que se tornou um marco na carreira do grupo.
Bickerdike, ao investigar a história da banda, ficou chocada com o tratamento desigual enfrentado por elas, que frequentemente eram vistas como meras figuras decorativas em vez de talentosas instrumentistas e compositoras. Este aspecto da biografia destaca a luta pela igualdade de gênero na indústria musical, refletindo um contexto que ainda ressoa nos dias de hoje.
Além disso, a canção “Eternal Flame”, embora tenha se tornado um sucesso, não foi inicialmente bem recebida por todas as integrantes, que sentiram que não representava plenamente a essência da banda. Vicki Peterson, por exemplo, reconheceu a beleza da canção, mas também a dificuldade de se sentir conectada a ela em um momento de tensão interna no grupo.
Após uma série de desafios, incluindo a dissolução da banda em 1989, The Bangles reuniram-se várias vezes ao longo dos anos, sempre mantendo a esperança de que sua história e contribuição à música fossem reconhecidas de forma justa. Com o lançamento de “Eternal Flame”, a expectativa é que a biografia não apenas celebre suas conquistas, mas também inspire novas gerações de artistas a lutar por seus direitos e reconhecimento, mostrando que, apesar dos obstáculos, é possível alcançar o sucesso com autenticidade e determinação.
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