Irmã da drag queen de RuPaul’s Drag Race UK denuncia risco da droga e pede reclassificação para proteger jovens
James Lee Williams, conhecido pela persona The Vivienne, estrela do RuPaul’s Drag Race UK, deixou um legado de coragem ao falar abertamente sobre sua batalha contra o vício em cetamina, uma droga de classe B que muitos jovens subestimam. Recentemente, sua irmã Chanel Williams revelou que a família só ficou sabendo do problema durante a participação de James no programa em 2019, e que o sofrimento dele era mantido em segredo, agravando a dor da perda quando James faleceu em janeiro de 2025, aos 32 anos, devido a uma parada cardíaca relacionada ao uso da substância.
Do silêncio à luta por mudanças
Chanel, impactada pela trajetória do irmão, se tornou uma voz ativa na luta para que o governo do Reino Unido eleve a cetamina para a classe A, aumentando a punição para traficantes e alertando para os perigos reais dessa droga. Para ela, a reclassificação é essencial para evitar que o vício continue a destruir vidas, especialmente entre jovens que acreditam que a cetamina é menos nociva.
“Perdê-lo deixou um vazio imenso em nossas vidas. Ele era a nossa luz, e agora seguimos buscando um caminho para continuar seu legado”, desabafa Chanel. Ela enfatiza que, apesar da longa fase de sobriedade de James, a recaída aconteceu sem que ninguém soubesse, o que tornou tudo ainda mais doloroso.
Alerta e conscientização para a comunidade LGBTQIA+
O relato da irmã de The Vivienne serve como um alerta poderoso para a comunidade LGBTQIA+, que muitas vezes enfrenta desafios adicionais relacionados à saúde mental e ao uso de substâncias. A história de James ressoa com muitos que lidam com o estigma e a pressão social, evidenciando a importância de espaços seguros para diálogo e apoio.
Chanel destaca que, além da reclassificação da droga, é preciso investir em educação, políticas públicas e serviços de recuperação eficazes: “Temos que olhar para a educação, a polícia e a saúde como um conjunto de ações coordenadas para combater o uso de drogas de forma mais humana e eficiente.”
Hoje, a memória de The Vivienne inspira esforços para que a cetamina seja reconhecida pelos riscos reais que oferece, reforçando a urgência de proteger a juventude e fortalecer a rede de suporte para quem batalha contra a dependência.
Assim, a trajetória de James Lee Williams não é apenas a história de uma estrela da drag que brilhou no palco, mas também o retrato da complexidade da luta contra o vício, que precisa ser compreendida e enfrentada com amor, informação e políticas públicas adequadas.
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