Um fato passou despercebido por muitos durante o último fim de semana de pré-carnaval: o Brasil teve sua primeira atleta transexual estreando em um time profissional de vôlei. Nascida Rodrigo há 32 anos, hoje Tifanny Abreu é reconhecida por sua real identidade de gênero e fez história. Ela venceu todo o preconceito e discriminação e conseguiu ser reconhecida pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB) ganhando autorização para atuar entre as mulheres. Tifanny foi contratada pelo Golem Software Palmi, time da segunda divisão do campeonato italiano (um dos mais competitivos do mundo) e foi a destaque da vitória por 3 a 1 sobre o Delta Informatica Trentino, marcando 28 pontos (25 ataques, 2 aces e um bloqueio). Ao final, foi eleita a melhor jogadora em quadra. Estou muito feliz com essa estreia e animada com o que estou vivendo dentro e fora da quadra, comentou Tifanny, em entrevista ao jornal La Gazzetta dello Sport. Os aplausos e abraços que recebi me fizeram viver uma noite extraordinária. Vencemos um jogo importante e agora estamos confiantes, destacou. Embora o momento seja significativo, ainda existem alguns degraus que precisam ser galgados. Presidente da Liga Italiana feminina, Mauro Fabris colocou em dúvida a própria continuidade da brasileira na competição, apesar de ter enviado um buquê de flores parabenizando-a após a partida. Faço questionamentos em relação a esta situação que está se multiplicando. Quero que tanto o Comitê Olímpico Italiano quanto a Federação me digam o que esperar, até porque muitos times da Série A2 também estão se perguntando isto. Quero um campeonato limpo e correto com as pessoas, afirmou. Com informações do UOL.
Tifanny Abreu é a primeira transexual brasileira a jogar em uma liga profissional de vôlei
