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Tiroteio pode, beijo gay não

Ontem, terça-feira (06/04), a rede Globo deu um show. Primeiro foi na novela "viver a Vida". Cena: Benê corre dos traficantes do morro. É tiro para todos os lados. Suor. Nervosismos. Sandrinha coloca os caras pra correr com uma arma, chega mesmo engatilhar e atirar. Um show.

Benê continua correr. Acerta um. Esconde-se. Arregala o olho. Leva um tiro na perna. Bastante sangue. Se arrasta. Levanta. Olha pra trás e recebe um tiro no peito. Morre e a câmera da um close. Fim do capítulo.

Casseta e Planeta. Um respiro e uma tentativa de riso.

Estreia da segunda temporada da série "Força Tarefa". Um banho de clichê com ares cinematográficos. A história: dois meninos são seqüestrados por policiais, tinham algo que era deles. Eles somem. A mãe vai a polícia procurar. Claro, ela é pobre, negra e migrante.

Seguinte. Encontram os meninos. Foram torturados e perfurados por uma lança e estão pendurados em suas respectivas lanças. A câmera da um close e congela nos dois corpos jovens, estrangulados e cobertos de sangue. Você ainda está surpreso com a vitória do Dourado?

As pessoas vomitam ao verem dois homens se beijando, mas gozam com tiros e mortos. E a TV legitima.

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