O que não falta no YouTube é clipe. Clipe gay, então, nem se fala. Mas o que é um clipe gay afinal? Clipe de um artista assumidamente gay? Clipe com referências gays? Clipe de divas idolatradas pela comunidade? Clipes que, mesmo não querendo, são totalmente gays?
De tudo um pouco. E aqui vai nosso ranking dos 15 clipes mais escancaradamente gays do século XXI – isso mesmo, de 2000 para cá. Afinal, se incluíssemos todas as épocas, teria de ser um Top 100…
1. Lady Gaga – Paparazzi
Não há como negar: não existe nada mais "espetaculoso" no mundo dos clipes atuais do que Lady Gaga. A musa elevou os ensinamentos de Madonna, Cyndi Lauper e afins à enésima potência. Qualquer clipe dela poderia estar nesta lista, mas ficamos com "Paparazzi".
2. Toxic – Britney Spears
Fantasiada de aeromoça, Britney surge neste vídeo que mistura um clima de James Bond – desde os arranjos da canção – com o mais puro kitsch: Britney brilhante num fundo branco dublando a faixa. Além disso, tem até banheirão: a cantora agarra um moço e o ataca no cubículo do avião.
3. Madonna – Hung Up
Metida num colant pink 80’s, Madonna homenageia "Flashdance" e "Physical", de Olivia Newton-John, num vídeo vibrante e colorido. Sem falar nas dancinhas dos garçons, nas coreôs inspiradas em "Os Embalos de Sábado à Noite", e na própria base da música – sampleada de um hit do Abba, "Gimme Gimme Gimme".
4. Beyoncé – Single Ladies
Desde já, um clássico gay. A coreô da cantora com suas assistentes parece ter sido criada especialmente para ser copiada por gays, travestis e drags. E Beyoncé está a cara de RuPaul no clipe.
5. Ricky Martin – Juramento
Chega de divas, passemos logo às bees de fato. E a mais nova delas (pelo menos a última a assumir!) é nosso amigo latino. Neste clipe, Ricky e um bando de homens disputam uma mulher em uma praia. Mas a beleza dos rapazes e o visual jeans-camiseta branca não negam: eles querem mais é se pegar um ao outro.
6. Rufus Wainwright – Going to a Town
O cantor depressivo faz aqui mais um de seus lamentos poéticos. Elegante num terno clássico, se arrastando pelas paredes e cheirando um imenso buquê de flores vermelhas, Rufus investe na linha gay-clássico e marca um ponto nessa história.
7. Chris Garneau – Relief
O belo cantor assumido encarna um garçom melancólico, que serve em uma lanchonete frequentada por travestis e tiozinhos decadentes. O clima erótico subterrâneo impera.
8. Mika – Love Today
Só por sua voz e seus falsetes à la Freddie Mercury, Mika teria de comparecer nesta lista. Mas em "Love Today" ele vai além disso e solta a franga em passinhos e caretas animadíssimas, acompanhado por um fervido time de bailarinos felizes. O final é uma grande festa num café.
9. Scissor Sisters – I Don’t Feel Like Dancing
Sempre fervida, a banda surge aqui no limite da "fechação" para entoar a canção composta por Elton John. Cores berrantes e um visual extravagante que por vezes lembra o trabalho do fotógrafo David LaChapelle ajudam a compôr o clima, além de inúmeras referências camp.
10. Claudia Wonder – Atendimento
A canção entoada pela diva travesti Claudia Wonder conta as agruras de uma bombshell que recebe uma chamada de um cliente e discute as bases do atendimento. O visual é ultra-kitsch, lembrando Almodóvar e afins.
11. Money, Success, Fame, Glamour
Clipe com cenas do filme "Party Monster", ao som do absurdo hino entoado pelos personagens clubbers da história. Go-go boys, anjos gays, figuras bizarras fantasiadas, montação sem fim e até Macaulay Culkin vestido de camponês hitleriano.
12. Dani Umpi – Dark Room
O artista uruguaio encarna aqui um rapaz fervido ladeado por dois "ajudantes" em dancinhas desvairadas. Meio Village People e com referências às Panteras.
13. Miranda! – Bailarina
O grupo argentino ferve pencas neste clipe cítrico e cheio de make-up, carões e figurinos estilosos. O vocalista pintosinha marca presença.
14. Justin Bieber – One Less Lonely Girl
Não importa o que faça, Justin "Biba" não consegue evitar. Seja nas cores do clipe, no clima de ternura, ou estampado no seu rosto, a bichice impera. Praticamente um clipe lésbico.
15. Restart – Recomeçar
E por que não? A exuberância de cores nas roupas dos rapazes, além da testosterona juvenil incontrolável, fazem deste clipe um absurdo que merece entrar na lista. Gritos lancinantes no microfone dão o tom. E o que dizer da parte em que o quarteto atira tinta uns nas roupas dos outros? E fazem montinho e deslizam no chão? Homoerotismo puro.