A cidade de Torino está se preparando para receber o Europride em 2027, e as políticas LGBTQIA+ estão em destaque nas discussões políticas atuais. O assessor municipal Jacopo Rosatelli apresentou um documento político na comissão de Igualdade de Oportunidades, que revisa as iniciativas relacionadas às questões LGBTQIA+ que a cidade vem promovendo. O objetivo é realizar um convegno anual para avaliar as ações implementadas, com uma conferência prevista para maio de 2025, que irá abordar o estado atual das políticas e iniciativas em favor da comunidade LGBTQIA+.
Entre os tópicos abordados no documento estão a proteção das uniões entre pessoas do mesmo sexo, com a expectativa de uma decisão da Corte Constitucional, além da luta contra a homofobia, lesbofobia e transfobia, na qual Torino se destaca como líder da rede Re.A.Dy, que inclui várias regiões e províncias italianas comprometidas em combater a discriminação.
O documento também enfatiza a importância de centros de apoio às vítimas de violência, especialmente direcionados a mulheres lésbicas, com a implementação de um projeto financiado pelo PNRR que visa ajudar pessoas LGBTQI+ afetadas por situações de violência. A administração está comprometida em utilizar uma linguagem inclusiva em todos os documentos oficiais e a prestar atenção especial a refugiados e solicitantes de asilo que vêm de contextos marginalizados.
Rosatelli também se manifestou contra a abertura do Centro de Permanência Provisória (CPR) em Corso Brunelleschi, ressaltando que Torino se opõe oficialmente a essa medida e propondo alternativas que não foram consideradas pelo governo. Além disso, o documento critica a “sala de escuta” proposta pela região, que estaria em desacordo com as diretrizes da cidade.
A luta contra o HIV/AIDS também é uma prioridade, e o Torino CheckPoint, localizado na Via Mazzini, celebrou um ano de atividades. O assessor mencionou a realização de iniciativas para marcar o 50º aniversário da reforma do Direito de Família italiano, prevista para o dia 8 de março. Além disso, há um foco na garantia de práticas de votação inclusivas, evitando desconforto para pessoas que não se identificam com o binarismo de gênero durante as eleições.
O conselheiro Silvio Viale elogiou o documento como um ato político significativo, mas também apontou que a maioria está dividida em relação a alguns pontos. Ele expressou preocupação com o timing do Europride, que ocorrerá em um período eleitoral, o que pode complicar a situação. A conselheira Lorenza Patriarca, por sua vez, pediu que não se destacasse quem apoiou ou não o documento, enfatizando que o importante é o avanço das políticas em direção a um futuro mais inclusivo para todos.
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