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“Tragédia de jovem vítima de bullying homofóbico levanta questões sobre a proteção nas escolas e a necessidade de mudanças na legislação”

"Tragédia de jovem vítima de bullying homofóbico levanta questões sobre a proteção nas escolas e a necessidade de mudanças na legislação"
"Tragédia de jovem vítima de bullying homofóbico levanta questões sobre a proteção nas escolas e a necessidade de mudanças na legislação"

No é fácil lidar com a dor da perda de um filho, especialmente quando essa perda é resultado do bullying homofóbico, um problema que ainda afeta muitos jovens em nossa sociedade. Roxana Ramos, mãe de Rick Mora, um garoto de apenas 16 anos, viveu essa tragédia ao perder seu filho, que se suicidou em 1º de fevereiro de 2025. O ato desesperado de Rick foi consequência de meses de bullying por causa de sua orientação sexual, uma luta silenciosa que terminou em tragédia.

Roxana recorda a última vez que viu seu filho, momentos antes de sua morte. Eles estavam juntos à mesa, rindo e compartilhando uma interação leve, mas, tragicamente, 20 minutos depois, Rick decidiu acabar com seu sofrimento. “Meus outros filhos me chamaram e disseram que ele estava morto. Quando vi a videollamada, não conseguia acreditar. Parecia uma piada de mau gosto”, desabafa Roxana com lágrimas nos olhos.

A mãe se lembra do sofrimento que Rick enfrentou na escola, onde era constantemente alvo de zombarias e agressões. “Ele era chamado de ‘homossexual’ por uma professora na frente da turma, e isso o feriu profundamente. Meu filho aguentou calado por muito tempo, mas não suportou mais”, lamenta. Após a morte de Rick, amigos dele revelaram a Roxana os detalhes cruéis do bullying que ele sofreu, o que a fez perceber que a dor de seu filho era muito maior do que ela imaginava.

Após essa tragédia, Roxana está determinada a buscar justiça e a conscientizar as autoridades sobre a gravidade do bullying. “Espero que isso leve à criação de uma lei contra o bullying. É preciso agir antes que mais vidas sejam perdidas”, clama. Ela já registrou uma denúncia no Ministério da Educação, responsabilizando diretamente a escola onde Rick estudava, a Escola Fiscal Calicuchima, por não ter protegido seu filho e por permitir que o bullying ocorresse.

O Ministério de Educação, por sua vez, anunciou que está implementando o Programa Nacional de Convivência Escolar (PNEVCE), que visa prevenir e proteger estudantes contra a violência e a discriminação nas escolas. Apesar das iniciativas, Roxana e especialistas alertam que muitos casos de bullying ainda permanecem sem denúncia, pois os jovens têm vergonha ou medo de se manifestar.

Este caso não é apenas uma tragédia familiar; é um chamado à ação para toda a sociedade. É crucial que as instituições de ensino e as autoridades tomem medidas sérias e eficazes para prevenir o bullying e proteger todos os estudantes, independentemente de sua orientação sexual. A história de Rick Mora deve ser um marco que não apenas sensibiliza, mas também transforma a maneira como lidamos com o bullying nas escolas, garantindo que nenhum outro jovem tenha que passar pelo que ele passou.

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