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Trans posa para ensaio de nu artístico e fala sobre sua relação com o preconceito e família

Guilherme Góes tem 26 anos e é um homem transexual, ele esta há 9 meses em tratamento hormonal.

+Brasil é o país que mais procura por transexuais no RedTube

Feliz com seu corpo, ele não mais o esconde, pelo contrário: registrou sua nova faceta em um ensaio artístico e conversou com a gente sobre sua infância, família e preconceito.

"Sempre fui um menino e de algum modo me reconhecia como tal. Passei a não apreciar muito o que me davam de presente (vestidos, bonecas da moda, etc), minha mãe sempre respeitou esse meu lado e me deixava à vontade para me vestir e escolher o brinquedo como eu quisesse", contou Guilherme que teve a sorte de ter uma mãe mente aberta que o apoiasse. 

No desenrolar da entrevista nos deparamos com um problema recorrente difícil de engolir, mas que o Guilherme tira de letra.

Sim, o proconceito existe da sociedade de modo geral, mas porque raios motivos os gays insistem em reproduzir o preconceito que comumente eles mesmos sofrem?

"Já fui ameaçado de morte, o caso mais recente foi por estar utilizando o banheiro masculino, visto que a minha aparência já é mais masculinizada ao meu ver não faz sentido ir ao banheiro feminino", explicou Guilherme que também contou que a ameaça em questão partiu por parte de um gay.

Indagado como ele reage a este tipo de preconceito que sofre da própria comunidade LGBT, com muita lucidez Guilherme pontua: 

"Tento me colocar no lugar dele, do mesmo modo que tento me colocar no lugar das pessoas que não me aceitam. Quer dizer, não é porque uma pessoa tem uma (grifo) orientação sexual que ela deve ter conhecimento suficiente pra saber que a questão de gênero existe, traduzindo: não é porque a pessoa é homossexual que ela vai aceitar um transexual. Apesar de estarem ligados em certos aspectos, são universos diferentes".

É uma pena que não são todos da comunidade LGBT que fazem este exercício de se por no lugar, não é mesmo?

Como percebemos que a relação do Guilherme com a mãe é muito boa, pedimos a ele para que usasse este espaço para mandar uma mensagem pra ela:

"Digo que ela é um exemplo como humana e mãe a ser seguido, que eu dei trabalho pra colocar os parafusos nos lugares certos, mas que enquanto eu pedi colo, paciência, conversa, bronca, ela sempre esteve ali, rindo e chorando comigo. Obrigado, mãe, quero ser pelo menos 1/3 do que você é pra mim, te amo!"

As fotos foram feitas pela fotógrafa Jessica Tavares Kawasaki na cidade de Araçatuba-SP

Confira a galeria:

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