Cerca de 20 transexuais brasileiras foram assassinadas na Itália nos últimos cinco anos. Os dados são da ONG Transgender Europe, que alerta para o alto número de vítimas de homofobia em um dos destinos mais procurados por travestis e transexuais.
Um levantamento feito por Leila Daianis, presidente da Associação Libélua, mostrou que mais de mil transexuais brasileiras vivem em terras italianas.
Segundo Leila, a discriminação na Europa é diferente da que acontece no Brasil. “Aqui eles te tratam bem para poder ver você longe. Os europeus são assim, eles te tratam, te ajudam, mas querem distância”, revelou a Leila.
A transexual ainda faz um alerta. “Antes de vir para a Itália, deve-se pensar em quantas são as barreiras que existem aqui. Uma delas são as normativas. Porque se a pessoa não vem com um trabalho, com uma coisa já certa, é inútil vir, porque depois passa a ser irregular, passa a cometer um crime na Itália. Pessoas sem documentos regulares são consideradas criminosas”, explicou em entrevista ao Terra.
Na Itália, uma cirurgia de readequação sexual entre 25 e 30 mil euros. No entanto, é preciso ter residência fixa no país para conseguir a autorização para realizar a cirurgia.