Transexuais masculinos, pessoas que são fisicamente do sexo feminino mas se identificam como homens, foram beneficiados com melhorias no atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
As novas diretrizes foram publicadas pelo Ministério da Saúde e estabelecem que transexuais masculinos tenham cirurgias de retirada de mamas, do útero e dos ovários, cobertas pelo sistema público.
Os pacientes passam também até ter direito à terapia hormonal, que auxilia na formação da aparência masculina.
As transexuais femininas, que desde 2008 já possuem direito a terapia hormonal e todas as cirurgias ligadas à readequação sexual no SUS, passam agora a receber a cirurgia de implante de silicone nas mamas.
Um dos quatro centros capacitados para realizar este tipo de tratamento, o Hospital de Clínicas de Porto Alegre, já conta com 168 casos de cirurgias de readequação sexual masculino para feminino.
A nova portaria recebeu elogios por parte da comunidade LGBT, mas ainda enfrenta críticas por não permitir a cirurgia de construção do pênis, chamada de faloplastia, em caso de mudanças do feminino para o masculino.
Segundo o Ministério da Saúde, o procedimento ainda é considerado experimental pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e por isso ainda não pode ser autorizado.
