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Transexuais são expulsas de banheiro feminino e relatam reações ao irem ao masculino

Marie Flora da Silva, de 24 anos, e Allexia Rizzon, de 21, foram expulsas por dois seguranças do banheiro feminino na terça-feira (16) do Shopping Conjunto Nacional, em Brasília. O motivo? Elas são mulheres transexuais e, de acordo com os seguranças, a política do shopping obrigam elas a ir ao banheiro masculino. 

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Diante do constrangimento – elas chegaram a ser chamadas de "senhores" pelos seguranças, que diziam estar apenas cumprindo ordens da administração – as amigas resolveram ir, sim, ao banheiro masculino. Mas relatar a reação e o assédio dos homens.

"Tivemos a ideia de ver como seriam as reações e relatá-las para que as pessoas soubessem o quanto é problemático querer indicar mulheres transexuais ou travestis para banheiros masculinos. Foi exatamente como nós suspeitávamos: é estranho e constrangedor", conta ela ao A CAPA.

Dentro do banheiro masculino, Allexia afirma que durante quatro minutos ouviu piadas sarcásticas e pedidos para passar o telefone. "Sem falar nos ridículos do mictório, fazendo insinuações com o pênis", afirmou ela, salientando que alguns ficaram olhando sem entender o que elas estavam fazendo lá dentro.

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Em seu perfil no Facebook, ela comentou sobre o ocorrido, publicou fotos da abordagem dos seguranças e de dentro do banheiro masculino. Após a repercussão do caso, o Conjunto Nacional disse que "respeita os valores humanos, a diversidade, que não tolera nenhuma forma de discriminação" e que procura orientar os seus funcionários para o respeito.

Um representante ligou para as jovens para se desculpar sobre o ocorrido. Elas estudam processar o shopping. "Vamos correr atrás dos nossos direitos.

O movimento de travestis e mulheres transexuais lutam para que o grupo seja tratado de acordo com a sua identidade de gênero. Ou seja, que elas sejam tratadas com artigos femininos, vão ao banheiro feminino e que tenham o nome social respeitado, como qualquer mulher cis.

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