A postura rígida e transfóbica do governador da Flórida, Ron DeSantis, desencadeou uma onda de críticas entre políticos e corporações nos Estados Unidos, incluindo a gigante do entretenimento, a Disney.
Na última semana, DeSantis assinou uma legislação denominada “Lei do Fairness in Women’s Sports” (Justiça no Esporte Feminino, em tradução livre), banindo atletas transgêneros de competir em esportes femininos em escolas públicas e universidades. O governador sustenta que a medida é necessária para preservar a integridade do esporte feminino.
Este ato deflagrou uma onda de reações, com políticos e ativistas, como Nikkita Oliver, prefeito de Seattle, condenando publicamente o gesto de DeSantis. Oliver exortou outros políticos a se posicionarem contra a decisão. Destaca-se no tweet de Oliver: “Estas são leis de violência aberta … isso é transfobia. Se você é um servidor público e não está falando contra isso, faz parte do problema.”
O polêmico apoio corporativo da Disney à decisão de DeSantis também está gerando controvérsia. Embora a Disney tenha demonstrado apoio à comunidade LGBTQ+ no passado, ela tem aumentado consistentemente o financiamento para a campanha de DeSantis, a ponto de ser considerada seu principal doador corporativo. Este comportamento tem despertado questões sobre a postura da gigante do entretenimento, dado seu apoio anterior à comunidade LGBTQ+, e como isso se alinhará com sua contribuição para as finanças da campanha de DeSantis.
Paralelamente, Nikki Fried, a única democrata no gabinete executivo da Flórida, submeterá formalmente uma petição para impedir a ratificação da “Lei de Justiça no Esporte Feminino”. Fried afirmou: “Esta lei é inconstitucional. É discriminatória. E a partir de 01 de julho, quando entrar em vigor, será inaplicada sob minha gestão como Comissária.”
A legislação de DeSantis é considerada parte de uma série de ataques aos direitos transgêneros em todo os Estados Unidos, com estados como Arkansas e West Virginia adotando leis semelhantes. Espera-se que a batalha em torno desta questão continue, pois mais vozes se levantam para condenar e resistir a essas medidas discriminatórias.