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TRANSFOBIA: Homem trans é agredido até ficar em coma no Rio de Janeiro

Era quarta-feira, dia 02 de agosto, quando Carla Hestefânia Brandão de Carvalho, homem trans, deu entrada em um hospital do Rio de Janeiro, depois de ser, novamente, covardemente agredido por causa de sua identidade de gênero. À reportagem da TV Globo no Rio, a irmã da vítima, Helen Santos, disse que “ele foi encontrado caído em uma poça de sangue com convulsões devido a um traumatismo craniano” e “precisou ser reanimado por uma equipe do Corpo de Bombeiros”. Quando Carla deu entrada no hospital, vitimado pela agressão que cessa anualmente a vida de milhares de LGBTs, ele estava em coma por conta dos ferimentos. Carla revela que no bairro onde morava com a família, Carla era constantemente vítima de transfobia pelos vizinhos. Por esse motivo, ele vivia mudando de endereço. “Houve outras agressões. Eram coisas ditas como, por exemplo, ‘seu lugar não é aqui’, ‘você é homem e vai apanhar como homem’… Todos os ataques que eram sofridos ele tentava mudar de local para evitar novos confrontos”, conta Helen. Não obstante o sofrimento do irmão, Helen ainda precisou lidar com a burocracia jurídica que teima em não reconhecer a violência sofrida por LGBT como sendo uma causa direta da LGBTfobia, do preconceito e da ignorância da população. Para poder realizar o boletim de ocorrência, ela precisou recorrer à ajuda de um advogado. “É uma dificuldade geral que existe para um cidadão registrar qualquer tipo de ocorrência no Rio de Janeiro, em especial qualquer coisa que esteja relacionada à homofobia. Hoje ela (a homofobia) é tipificada como uma lesão corporal qualquer”, disse o advogado Marcel de Freitas Nascimento. Helen aconselha às pessoas a agirem diante de uma situação de violência, seja ela verbal ou física, causada por preconceito, para que não aconteça o mesmo que ocorreu ao seu irmão. “Qualquer pessoa que sofra um ataque de gênero, seja ele verbal, ameaças, ou físico, vá denunciar, porque meu irmão não fez isso e os ataques ficaram cada vez mais agressivos. Isso não pode continuar”, afirmou. A polícia segue investigando o caso.

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