Unificada no Sistema Único de Saúde, a PEP – profilaxia pós-exposição ao HIV – passa a valer na rede pública neste mês. O tratamento será mais simplificado e facilitará o acesso aos serviços de saúde.
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A aprovação do novo modelo de distribuição da PEP – que é conhecida como a "pílula dos 28 dias seguintes" – foi publicada na quinta-feira (23) no Diário Oficial da União.
O novo "Protocolo Clínico e Diretrizes Teraupêuticas: Profilaxia Antirretroviral Pós-Exposição de Risco para Infecção pelo HIV" integra os três tipos de PEP existentes: acidente ocupacional, violência sexual e relação sexual consentida.
O objetivo do novo modelo é eliminar essas três categorias, adotar um esquema único de antirretrovirais e combater de maneira eficaz o HIV/Aids. Isso facilitaria a prescrição e ampliaria o acesso aos medicamentos, sobretudo entre pessoas que fizeram sexo sem proteção.
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O documento recomenda ainda a redução do tempo de acompanhamento do tratamento de seis para três meses. E informa que os medicamentos estarão disponíveis em serviços especializados no tratamento contra a Aids e em alguns postos de saúde.
Vale lembrar que o tratamento deve ser iniciado em até 72 horas após a exposição ao vírus.
Desde os anos 1980, foram notificados 757 mil casos de Aids no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Apesar de apresentar índices estáveis, com cerca de 39 mil casos novos ao ano, o avanço da epidemia entre os jovens têm preocupado o governo. Jovens têm hoje a maior taxa de detecção da doença no país, um índice que vêm crescendo nos últimos dez anos. Em 2003, a taxa de detecção da Aids entre os jovens era de 9,6 a cada 100 mil habitantes. Em 2013, ano dos últimos dados disponíveis, essa taxa passou para 12,7.