O Hospital Regional da cidade de Ceilândia, a 25 km de Brasília, foi palco de uma confusão envolvendo uma travesti e uma enfermeira.
A travesti Maíra, de 28 anos, que é portadora do vírus HIV, se irritou com a demora no atendimento de uma colega que estava passando mal e invadiu uma salinha do hospital. Em seguida, pegou uma seringa, retirou o próprio sangue e atacou uma enfermeira-chefe na mão esquerda, que tentou contê-la.
Outra funcionária do hospital, que tentou ajudar a enfermeira a segurar Maíra, também foi agredida com uma mordida no braço. De acordo com testemunhas, Maíra entrou em desespero após esperar atendimento por mais de cinco horas no hospital.
Com a chegada da Polícia Militar, Maíra foi imobilizada e levada à 15ª DP de Ceilândia. Segundo o delegado Onofre de Moraes, a travesti vai responder por dupla tentativa de homicídio. "A pena em cada tentativa é de 12 a 30 anos, com redução de um a dois terços porque foram tentativas e não homicídios consumados", explicou.
De acordo com a Secretaria de Saúde, as duas funcionárias agredidas por Maíra tomaram um coquetel anti-Aids logo após a agressão para não correrem o risco de serem infectadas.