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Travesti de MT contribui para o INSS cadastrada como profissional do sexo

Lilith Prado, 31, é travesti e trabalha como profissional do sexo, em Cuiabá (MT). Seu nome veio à tona quando se tornou a primeira contribuinte do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), para ter direito a benefícios quando se aposentar.

Para se cadastrar, Lilith contou com a ajuda de um advogado e de uma assistente social, que conseguiu convencer os funcionários de que a inscrição no regime previdenciário poderia ser feita como profissional do sexo, não apenas como contribuinte individual. A atividade é reconhecida pelo governo desde 2002.

"Como fico exposta a riscos, como violência, DSTs, poluição sonora… e estando enquadrada como profissional do sexo, tenho direitos que não teria se deixasse de informar minha verdadeira ocupação. No ano passado, por exemplo, fui assaltada e fiquei 20 dias afastada. Se já tivesse saído o INSS, eu não ficaria sem receber", afirmou ao portal "G1".

A travesti espera que, assim como ela, outras profissionais do sexo contribuíam e tenham os mesmos direitos. "Não quero ser a primeira e única. As mulheres, os garotos de programa, sendo travestis ou não, podem ter os mesmos direitos que qualquer outra pessoa que paga a Previdência. Pode demorar muitos anos, mas um dia as pessoas se aposentam", disse.

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