Cantora, secretária e militante transexual, Renata Peron foi alvo de inúmeros ataques motivados pelo preconceito. Em um deles, foi agredida por nove pessoas e chegou a perder um rim. Nada muito diferente da violenta realidade de outras travestis, mulheres transexuais e homens trans.
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Cansada de viver tanta transfobia social, a paraibana radicada em São Paulo reuniu um grupo de militantes para se organizar e discutir políticas públicas. Deste encontro, surgiu a CAIS – Associação Centro de Apoio e Inclusão Social de Travestis e Transexuais – que será lançada na próxima sexta-feira (6).
Trata-se de uma associação que visa promover ações para a defesa dos direitos de travestis e transexuais. "Queremos estimular trabalhos nas áreas de ensino, pesquisa e cultura, promover campanhas de conscientização acerca dos nossos direitos. Uma das ideias que mais está nos estimulando é a realização de cursos, simpósios e outras iniciativas de formação cidadã", revela.
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Segundo a presidente, foram cinco anos de luta para que a associação, que é particular, finalmente fosse criada. Ela diz que as agressões que sofreu contribuíram, sim, para a ideia, mas que o grande motivador foi a vontade de protagonizar uma militância comprometida com a causa. Tanto que ela diz que há vários projetos sendo discutidos.
"A ideia é que tenhamos um centro sério, com pessoas comprometidas verdadeiramente com a luta pela diversidade sexual e de gênero, e com inspirações para novas ações, dispostas a discutir propostas e políticas públicas. Queremos dar a nossa contribuição".
A inauguração da CAIS ocorre no dia 6 de março, às 19h, na SP Escola de Teatro, na Praça Roosevelt, 210.
