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Três travestis são esfaqueadas no rosto por perseguidor na Bahia

Uma série de crimes transfóbicos têm assustado travestis quetrabalham na Rua Minas Gerais, entre as avenidas Manoel Dias e Octávio Mangabeira, na Pituba, no estado da Bahia. Os crimes todos parecidos aconteceram entre os dias 21 de fevereiro e 03 de março, todos perpetrados pelo mesmo suspeito: um homem moreno alto, com cavanhaque, trajando boné azul, caso e calça jeans. As vítimas são todas travestis com idade entre 18 e 22 anos, e foram atacadas enquanto estavam na localização, fazendo programa. Segundo informações, o agressor se aproximava da vítima e, quando elas estão desatentas, desfere golpes com uma faca em direção ao rosto das travestis. o último crime foi registrado no dia 03 de março. A vítima Jaqueline foi gravemente ferida no rosto e socorrida por unidade do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel). De acordo com o depoimento da também travesti Celine Fernandes, de 33 anos, ela voltava de um programa quando viu Jaqueline “no chão toda ensanguentada”. “Uma das facas saiu rasgando a boca e o queixo. Ela está tão apavorada que disse que não vai voltar para a rua”, contou Celine ao Correio. A sensação de medo e pavor é compartilhada entre as outras travestis que trabalham na Pituba. A Polícia investiga o caso e a Defensoria Pública do Estado da Bahia já foi acionada. As vítimas deverão ser ouvidas na próxima segunda-feira, 12 pela defensora pública Eva Rodrigues, subcoordenadora da Especializada de Direitos Humanos e Itinerante. “Todas estão apavoradas. Então, estamos pedindo para todas ficarem mais juntas, não se afastarem uma das outras, já que a maioria dos ataques acontece quando a vítima está sozinha. Pedimos também para elas evitarem a (Rua) Minas Gerais, que optem pela (Avenida) Octávio Mangabeira e a (Avenida) Manoel Dias, pois estão movimentadas e iluminadas”, contou Celine. Para a psicóloga, transfeminista e vice-presidente do Conselho Estadual dos Direitos da População de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais do estado da Bahia, Ariane Senna, os ataques na face são casos típicos de transfobia. “É quando o cidadão quer desfigurar, ele quer dizer que o rosto de mulher não pertence ao corpo de um homem. Geralmente, são crimes com requinte de crueldade. Isso falando psicologicamente”, declarou. As vítimas dos ataques na Pituba serão encaminhadas para a Casa da Diversidade, onde terão acompanhamento psicológico, jurídico e social.

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