Segundo a The Trust Project, a Tunísia está realizando de forma forçada, exames anais em homens que as autoridades desconfiam que sejam gays.
No país, a homossexualidade é estritamente proibida, de acordo com o artigo 230 do atual Código Penal. “A sodomia será punida com até três anos de prisão”, diz o texto. Suas consequências: 79 pessoas presas em 2017 e 60 atualmente cumprindo pena por este crime, segundo dados da Shams, associação LGBTQ do país.
Mounir Baatour que é o presidente da Shams, primeiro coletivo LGTBI tunisiano, que ele fundou depois de ficar na prisão. “A situação da comunidade LGBTQ aqui é catastrófica. Olhe: estes são dois testes anais. Um deles foi realizado ano passado em um jovem de 23 anos”. “São feitos por médicos que na verdade são torturadores”. Os exames são realizados como forma de estupro, onde o médico introduz o dedo dentro do seu ânus para tentar saber se você teve ou não relações com homens.
Esses testes são denunciados por diversas ONGs. “Quando prendem uma pessoa por sua aparência homossexual e fazem um teste anal, submetem-na a um tipo de tortura e não a um exame com qualquer validade científica”, relata Yamina Thabet, que é médica e ativista.