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Turista gay relata romance e medo com terrorista do Talibã no Afeganistão

Financeiro inglês viveu paixão proibida e enfrentou ameaças em viagem de risco ao país sob regime extremista

Turista gay relata romance e medo com terrorista do Talibã no Afeganistão

Financeiro inglês viveu paixão proibida e enfrentou ameaças em viagem de risco ao país sob regime extremista

Em uma jornada que mistura aventura, romance e tensão, um turista britânico contou sua experiência única ao se relacionar com um membro do Talibã durante uma viagem ao Afeganistão, um dos países mais perigosos para pessoas LGBTQIA+ no mundo.

Toyosi Osideinde, um assessor financeiro de 30 anos, buscava o ápice do turismo extremo e, mesmo com avisos do governo sobre os riscos, decidiu voar para Islamabad, no Paquistão, e seguir até o Afeganistão, onde o Talibã mantém controle estrito desde 2022. Lá, ele não apenas explorou cidades como Cabul e regiões remotas, mas também viveu um romance secreto e intenso com um segurança do hotel, membro do próprio regime.

Entre olhares desconfiados e encontros furtivos

Apesar de não falarem a mesma língua, Toyosi e seu amante encontravam formas de se comunicar, compartilhando momentos assistindo à série “Gossip Girl” e dividindo refeições simples. O relacionamento era um refúgio delicado em meio a um cenário hostil, onde a homossexualidade é severamente punida, muitas vezes com a morte.

O turista lembra que a discrição era essencial. Em um país onde ser LGBTQIA+ é um risco constante, ele usava aplicativos de paquera como o Grindr discretamente, exceto nas regiões onde isso era impossível. Sua relação com o segurança do Talibã representou um raro espaço de intimidade e humanidade em meio à repressão.

O temor constante sob a sombra do Talibã

Mesmo com a ligação afetiva, Toyosi vivia sob vigilância constante. “Você não consegue dar um passo sem que eles saibam onde está”, contou. Ao tentar deixar o país, enfrentou uma rigorosa investigação, com armas apontadas para sua cabeça e interrogatórios incessantes, sendo visto como suspeito simplesmente por estar ali.

Após seis dias, ele conseguiu sair, mas não sem sentir o peso da perseguição também no Paquistão, onde foi acompanhado por agentes armados em cada movimento.

O Afeganistão e os desafios para a comunidade LGBTQIA+

O relato de Toyosi escancara a realidade brutal enfrentada por pessoas LGBTQIA+ no Afeganistão. Sob a interpretação radical da Sharia pelo Talibã, atos homossexuais são criminalizados com penas que podem chegar à morte. A invisibilidade legal e a intolerância social tornam a vida dessas pessoas uma luta constante pela sobrevivência e dignidade.

Apesar disso, o turista notou nuances na cultura local, como a presença de mulheres nas ruas e até em bancos, um sinal de que, mesmo sob o regime extremista, algumas tradições ainda persistem.

Uma história de coragem e resistência

Para Toyosi, a viagem foi também uma lição sobre a força e os riscos de ser quem se é em um mundo que muitas vezes rejeita a diversidade. Seu relato, cheio de emoção e coragem, é um convite à reflexão sobre as condições de vida da comunidade LGBTQIA+ em lugares onde a liberdade é um privilégio raro.

Enquanto planeja sua próxima aventura na Ucrânia e a mudança para a Geórgia, ele carrega a experiência vivida no Afeganistão como um marco pessoal e um alerta sobre os perigos que muitos ainda enfrentam simplesmente por amar e viver sua verdade.

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