Será que existe muita homofobia nas redes sociais? Certamente, foi esta a pergunta que o Instituto para os Estudos e Serviços de Minorias Sexuais (iSMSS, na sigla em inglês), da Universidade de Alberta, fez ao lançar o site NoHomophobes.com, que rastreia e contabiliza o uso de insultos homofóbicos no Twitter.
Mesmo sabendo que a homofobia ainda está muito presente na internet, os resultados do microblog, porém, assustam. O NoHomophobes.com foi lançado dia 5 de julho, e, após cerca de 80 dias no ar, já contabilizou, por exemplo, mais de 2 milhões de menções a "faggot" (foto), palavra ofensiva em inglês que podemos traduzir como "veado".
De acordo com as estatísticas, "faggot" é tuitada quase 1 milhão de vezes por mês, ou mais de 10 milhões de vezes em um ano, informou reportagem do site BuzzFeed. A análise contabiliza ainda as expressões "so gay" ("tão gay"), "no homo" (expressão bastante usada no hip-hop para rejeitar qualquer coisa que possa ser associada à homossexualidade) e "dyke" (palavra ofensiva contra lésbicas).
"Nunca imaginamos a escala da homofobia casual que de fato existe nas mídias sociais. O uso de linguagem homofóbica permanece como um das poucas formas de discriminação socialmente aceitáveis […], é ainda prevalente e pode ser ouvida em qualquer lugar em nossa sociedade", comentou o diretor associado do iSMSS, Dr. Kristopher Wells, ainda segundo o BuzzFeed.
Quem quiser saber mais sobre o uso de linguagem homofóbica no Twitter pode conferir aqui. O site também captura os últimos posts que as contêm. Bafo, não?
