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Um cantinho para chamar de nosso

Se você é lésbica, gay, bissexual ou trans, já namorou e não tem a SORTE de ter uma família super receptiva e feliz com a sua sexualidade ou então morar sozinho, já deve ter passado pela situação de estar amando ou extremamente apaixonado e não ter para onde ir.

Sim! Você não queria ver um filme, você não queria fazer uma refeição, não queria fazer compras, ir ao motel e muito menos fazer uma caminhada pelas ruas que você caminha desde que se acertou com sua sexualidade, você queria apenas um lugar aconchegante, confortável, respeitável, com baixo custo e com algum entretenimento para passar bons momentos com a pessoa amada ou então para ter aquela DR (discussão da relação) básica para colocar uns “pingos no Is”.

Cada casal tenta encontrar a sua fórmula “mágica” para estar junto sem ir à falência ou passar por situações constrangedoras. Para quem é de fora, uma cidade como São Paulo parece um pedacinho do paraíso: são inúmeros bares, restaurantes, cafés e similares considerados “gay-friendly” ou GLS, mas que não são suficientes, não existe privacidade o bastante para tratar de assuntos do casal, não há o conforto para ficar abraçadinho trocando “chamegos”…

Quando você se cansa da cara do garçom que está super entretido com a sua conversa, migra para o cinema e aí troca amassos calientes fingindo que ninguém está percebendo. Após o cinema vem aquela carência, o dinheiro está acabando, a vontade de estar junto aumentando e a dúvida de para onde ir perturbando a cabeça.

E é aí que eu penso: deveriam existir lounges para “alugarmos”, não com aquela cara de abatedouro dos motéis e drive-in, mas um cantinho com pufes, TV e um som para ficar ali dando beijinhos, trocando carícias ou discutindo a relação, afinal, nosso namoro é NAMORO como qualquer outro e um espaço para estarmos juntos cai muito bem.

* Tiago Carzetta é colaborador do site Diversidade Global – www.diversidadeglobal.com.

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