Tem dias que passam e fazem a vida de ponta cabeça (to imaginando alguem dizer que é cabeça pra baixo). A falta de coragem para fazer o que é necessário pode faltar algum tempo, mas quando vem da uma rasteira e faz o que tem que ser feito na mesma hora. Mesmo em um dia de enxurrada na cidade, vem uma enxurrada de novas informações.
Ai tento seguir tudo pensando nas novas regras e tentando não pensar no que ficou ou o que vai ficar pra trás. Mas quem diz que eu consigo? Tento me focar em tudo que está dando certo, nas mudanças, nos novos negócios, em vida profissional, mas não é nada fácil.
É possível separar o que já estava separado? Se afastar do que já estava longe?
E agora antes de dormir, só consigo pensar em como era bom beber uma cerveja na Praça Roosevelt três anos atrás.
Ai eu penso, porque não volta? Não volta.
Da vontade de tentar concertar um monte dos meus erros e voltar uns quatro anos pra não deixar acontecer tantos problemas. Mas mesmo se fosse possível voltar no tempo, não teria como ser diferente.
Aprendi isso na marra, as pessoas têm livre arbítrio. E o que pra mim é a maior das certezas pra outras pessoas não é. Ai se fosse diferente! O pior e que mais me deixa perdido, é que o que eu achava certo antes, e era absurdo, depois virou certo e eu tive razão. Mas depois não adiantou mais.
Papo confuso. Fazer o que não é? Se eu falo de mais, me exponho, exponho a empresa, exponho os terceiros, se falo de menos sou confuso. O melhor era não falar, mas ai eu faço o que com todos estes pensamentos? Ta não precisa mandar enfiar no %$%@#$.
Então hoje é um novo tempo, um tempo que eu começo com uma ferida e fugindo de pensamentos. Tive um professor excelente em fugas, então tenho que me dar bem nisto.
Mas vou continuar sonhando com a mesa de bar do Satyros.