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“Um país decente não discrimina seus cidadãos”, diz ministra Ellen Gracie

A juíza e ministra Ellen Gracie Northfleet, 63, entregou há três semanas o seu pedido de aposentadoria do Supremo Tribunal Federal (STF). Gracie foi a primeira mulher a ser indicada para ocupar uma cadeira no STF e também fez parte da votação pela aprovação da união estável homoafetiva, onde os ministros, por unanimidade, concederam os direitos de união aos casais homossexuais.

Ellen Gracie é a entrevistada desta semana nas páginas amarelas da revista Veja. Na conversa, a juíza comenta sobre o seu voto favorável às uniões estáveis entre casais gays.

"O Brasil, desde o pórtico de sua Constituição, diz que não admite discriminação. Então não há motivo para que cidadãos nossos sejam tratados de maneira diferente por causa de sua orientação sexual. Assim como nós não admitimos que eles fossem tratados diversamente por questões de cor ou de religião, também a orientação sexual não deve ser um fator impeditivo a que eles gozem de isonomia em relação aos outros cidadãos. Essa é a base da decisão", declarou a ministra.

Em seguida, Ellen Gracie diz que "um país decente não discrimina entre os seus cidadãos. Meu voto foi no sentido de que todos os direitos correspondentes a união estável entre pessoas de sexo oposto sejam estendidos aos homossexuais, inclusive o direito de adoção. Mas as discussões sobre os direitos dos homossexuais ainda não terminaram no Supremo, elas certamente voltarão ao plenário", afirmou Ellen Gracie.

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