Os jornalistas Fabio Zanini e Eliane Cantanhêde, do jornal "Folha de São Paulo", entrevistaram nesta segunda-feira (14) o chefe de imprensa do governo do Irã, Ali Akbar Javanfekr. O conteúdo é revelador pelo seu alto grau de intolerância contra mulheres, judeus e gays.
No que tange a questão homossexual, os repórteres questionaram Javanfekr a respeito da declaração do presidente do Irã, MKahmoud Ahmadinejah, de que no país "não existem gays". De forma direta, os jornalistas perguntam se isso é, ao que o representante do governo afirma: "Não temos gays".
De forma irônica, os profissionais questionam: "O Irã é o único país do mundo que não tem gays?". "Na República Islâmica do Irã, não há", responde Javanfekr. A reportagem do jornal então pergunta a Javanfekr que, se caso houver gays, se estes serão punidos. O chefe de imprensa do governo iraniano então diz que eles [o governo] têm uma visão diferente do tema em relação ao Ocidente.
"Nossa visão sobre esse tema (homossexualidade) é diferente da de vocês (Brasil/Ocidente). É um ato feio, que nenhuma das religiões divinas aceita. Temos a responsabilidade humana, até divina, de não aceitar esse tipo de comportamento. Existe uma ameaça sobre a saúde da humanidade. A Aids, por exemplo. Uma das raízes é esse tipo de relacionamento (gay)", declarou Javanfekr.
Em seguida, Cantânhede e Zanini perguntam ao representante se a Aids é uma punição divina aos homossexuais. "Não creio nisso (punição divina). Mas vi que no Carnaval do Brasil foram distribuídos 90 milhões de preservativos, e isso é muito ruim. Não é a favor da saúde da humanidade", finalizou o chefe de imprensa.
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