O governo polonês anunciou na última terça-feira que enviou ao Parlamento um projeto de lei que proíbe discussões sobre a homossexualidade nas escolas do país. A nova lei, que deve ser votada dentro de um mês, pretende punir com multa, demissão e até prisão professores que violarem a futura regra. O objetivo, segundo o Ministro da Educação Roman Giertych é “impedir a promoção da cultura homossexual e outras aberrações”. Giertych afirmou que “essa medida limitará a propaganda homossexual, portanto nossas crianças não terão uma visão imprópria da família”. O Ministro é também líder do partido ultra conservador “Liga das Famílias Polonesas”. Ele disse ainda que tentará estender a proibição para toda a União Européia. A proposta causou revolta de grupos de defesa dos direitos humanos dentro e fora do país, por estimular a discriminação sexual. A Ong “Human Rights Watch” afirmou que as escolas deveriam ser um espaço para aprendizado sobre a tolerância e não um local para repressão e discriminação. A UE anunciou hoje à imprensa, por meio de Friso Roscam, porta-voz de Justiça, Liberdade e Segurança do Executivo Comunitário, que estudará se a proposta polonesa infringe as leis antidiscriminação do bloco. Alguns deputados esquerdistas apresentaram uma indagação ao Conselho e a Comissão da UE pedindo que medidas sejam tomadas para deter a iniciativa do ministro Giertych. “Não podemos permitir um passo para trás na construção do projeto comum chamado Europa, que se sustenta em igualdade, respeito e liberdade”, declarou Elena Valenciano, porta-voz adjunta dos socialistas espanhóis no Parlamento europeu.