Apesar do crescimento robusto, o avanço do streaming mostra sinais de estagnação no primeiro trimestre de 2025
Universal Music Group (UMG) divulgou resultados sólidos no primeiro trimestre de 2025, com uma receita total de aproximadamente €2,9 bilhões (cerca de US$ 3,3 bilhões), representando um aumento de quase 12% em relação ao mesmo período do ano anterior. No entanto, o crescimento do streaming, principal motor da indústria musical nos últimos anos, mostra um ritmo mais lento, um sinal claro das transformações que o mercado está enfrentando.
Superando desafios com estratégia e fãs apaixonados
Enquanto a receita de assinaturas cresceu expressivos 11,5% ano a ano, o faturamento pelo streaming em si avançou apenas 2,9% no mesmo período. Essa desaceleração reflete a migração do consumo musical para plataformas de vídeos curtos, que ainda não possuem uma monetização tão robusta quanto os serviços tradicionais, impactando diretamente a margem de lucro da gravadora.
O CEO Lucian Grainge destacou o esforço da companhia em sua campanha “Streaming 2.0”, focada em inovar e encontrar novas formas de engajar os fãs e ampliar a rentabilidade. Além disso, a UMG tem investido no conceito de “superfans” – aqueles fãs mais dedicados que gastam mais com mercadorias, vinil e produtos físicos, criando uma relação mais íntima e lucrativa com os artistas.
Artistas em destaque e a força do físico
Entre os grandes nomes que impulsionaram as vendas nesse trimestre estão Kendrick Lamar, Lady Gaga, The Weeknd e o grupo japonês Mrs. Green Apple. No ano anterior, estrelas como Taylor Swift, Ariana Grande e Olivia Rodrigo lideraram as paradas, revelando o poder contínuo do catálogo da UMG.
Outro ponto positivo foi o aumento de 17,6% nas vendas de produtos físicos, especialmente o vinil, que tem ganhado cada vez mais espaço e apelo nostálgico nos mercados dos Estados Unidos e Europa. Esse fenômeno reforça que, mesmo em meio à digitalização, os formatos tradicionais ainda têm seu lugar e agregam valor financeiro.
O impacto na indústria e a importância da diversidade
Para o público LGBTQIA+, que historicamente tem sido fundamental na construção e expansão da cultura pop e musical, esses movimentos refletem tendências importantes. A valorização de superfans e da cultura do vinil, por exemplo, reforça a necessidade de experiências mais personalizadas e autênticas, alinhadas com os desejos de comunidades diversas que buscam mais que apenas o consumo – buscam pertencimento e representatividade.
Assim, a Universal Music Group segue adaptando sua estratégia para continuar relevante em um mercado em transformação, equilibrando o digital com o físico, a inovação com a tradição, e colocando os fãs no centro de sua jornada.
O cenário atual do streaming, mesmo mostrando sinais de saturação, não diminui o potencial da música como força cultural e econômica, especialmente quando acompanhada de iniciativas que valorizam a diversidade, a conexão emocional e o poder dos fãs mais engajados.
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