A Universidade Yeshiva, localizada na cidade de Nova York, fez um anúncio significativo ao reconhecer um grupo estudantil LGBTQ+ chamado Hareni, resultando em um acordo que encerra um longo processo judicial. Este desfecho é considerado uma vitória histórica para os estudantes judeus queer e para a comunidade ortodoxa como um todo. O grupo, anteriormente conhecido como YU Pride Alliance, agora poderá receber financiamento da universidade e será tratado como qualquer outra organização estudantil oficial. A palavra ‘Hareni’, que significa ‘Eu aqui estou’, simboliza a inclusão e o compromisso com a diversidade dentro da instituição.
O advogado que representa o grupo Pride Alliance informou que o acordo permite o uso do termo ‘LGBTQ’ em materiais promocionais e a nomeação de seu próprio conselheiro. Schneur Friedman, um dos presidentes do Hareni e estudante da Yeshiva, destacou que a formalização do clube representa um avanço significativo na inclusão de estudantes queer na instituição, afirmando que agora a presença LGBTQ+ está no “coração da YU”.
Esse reconhecimento é um marco após anos de litígios, inicialmente iniciados por quatro estudantes, que alegaram discriminação em 2021. A Yeshiva University, que argumentou ter o direito de não reconhecer o grupo com base na Primeira Emenda, enfrentou diversas reviravoltas judiciais. Em 2022, um juiz favorável ao Pride Alliance levou a universidade a recorrer ao Supremo Tribunal dos EUA, onde seu pedido foi negado, obrigando-a a esgotar as opções nos tribunais de Nova York.
No entanto, a universidade optou por suspender todos os clubes estudantis temporariamente ao invés de reconhecer o grupo. A pressão aumentou após uma série de manifestações e apoio público, com mais de 1.600 alunos e ex-alunos assinando uma carta exigindo mudanças. A luta pela inclusão teve apoio significativo, com rabinos e professores se manifestando contra as ações da Yeshiva.
Friedman ressaltou que, apesar dos desafios enfrentados, as condições para os estudantes queer na Yeshiva melhoraram nos últimos anos, promovendo um ambiente mais acolhedor para discussões sobre temas LGBTQ+. O reconhecimento do Hareni é um passo importante, não apenas para a universidade, mas para a comunidade ortodoxa, que tem visto avanços na aceitação de membros LGBTQ+ nos últimos anos. Este é um momento de celebração, simbolizando que a diversidade e a inclusão podem prevalecer em ambientes tradicionalmente conservadores.
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