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Vamos dar as mãos

Uma campanha no Reino Unido está pedindo que casais de gays e lésbicas saiam às ruas de mãos dadas para mostrarem que não têm vergonha de serem o que são.

A interessante iniciativa já conquistou centenas de casais homossexuais em todo o mundo. Mas o site da campanha ainda não traz a participação de brasileiros. Aqui na América do Sul apenas os peruanos enviaram suas fotos. O que falta para nós aderirmos também?

Falava sobre mostrar o orgulho de ser gay em público com os meninos aqui da redação. Não sou do tipo que anda de mãos dadas com o namorado na rua porque tenho medo. Já fui discriminado algumas vezes e posso garantir que a experiência é no mínimo desagradável. Mas acho lindo toda vez que vejo um casal gay demonstrar qualquer tipo de afeto em público. Acredito que, em menor grau, essa também é uma maneira de exercer militância.

Outro dia, ao encontrar com a Nany People, ela achou incrível quando contei que tinha levado meu namorado para jantar com meus pais. Faço isso desde o começo do relacionamento e nunca pensei que essa atitude fosse assim tão revolucionária. "O que você fez foi mostrar a seus pais que um outro mundo é possível", poetizou. E ela tem razão. Podemos transformar as pessoas que estão ao nosso lado com atos simples de amor e afirmação. A militância cotidiana não deixa de ser um posicionamento político: tem quase a mesma força de uma parada gay, mas é bem menos visível ou talvez menos "glamurosa". Mas não perde em importância ou relevância: assumir o que somos para o mundo é uma forma de mostrar que existimos e que merecemos respeito.

Se você quiser engrossar o coro dos casais gays que participaram da campanha, acesse www.adayinhand.com. No site, você encontra informações sobre como enviar suas fotos. E aí? Vamos dar as mãos?


O casal inglês Derek e Malcolm posa para a campanha. Foto: Mark Weeks.

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