Após um representante do Vaticano dizer na ONU que a Santa Sé iria se opor à resolução para a descriminalização da homossexualidade que a França deve propor no final deste mês, grupos de direitos dos homossexuais e um editorial de jornal condenaram a postura da instituição religiosa.
O arcebispo Celestino Migliore disse que o Vaticano se opõe a resolução porque isso iria "acrescentar novas categorias de protegidos por discriminação. Se adotada, eles vão criar novas e implacáveis discriminações".
De acordo com o arcebispo, a resolução prosposta pela França, que está representando 27 países da União Européia, irá gerar "pressão e ridicularização" aos Estados que não reconhecem a união de pessoas do mesmo sexo como matrimônio.
Para Franco Grillini, fudador e presidente do Arcigay – principal grupo de defesa dos direitos dos homossexuais na Itália -, a decisão do Vaticano é "totalmente estúpida e tola".
"A resolução francesa não tem nenhuma relação com casamento gay. É sobre acabar com punições como prisão e execução para homossexuais", disse Grillini à Reuters.
O jornal italiano La Stampa se posicionou contra o Vaticano e afirmou que tal raciocínio é "grotesco".