Aconteceu neste final de semana a II Conferência Municipal LGBT da cidade de São Paulo. O objetivo é analisar projetos que não saíram do papel e de que maneira tornar viável a sua aplicação apontando novos caminhos.
Abertura
A II Conferência Municipal LGBT da cidade de São Paulo teve a sua abertura realizada na última sexta-feira (12) na Galeria Olido. Por volta das 20h, iniciaram os discursos. O primeiro a subir ao púlpito para falar foi o vereador Floriano Pesaro (PSDB), que voltou a atacar a criação do Dia do Orgulho Heterossexual, que foi vetado hoje pelo prefeito Kassab. Em sua fala, Pesaro disse que é preciso fazer valer o conceito de coexistência na sociedade.
Por lá também discursou Dário Neto, do Conselho LGBT Municipal, que afirmou aos presentes que "apesar dos ataques homofóbicos, o movimento gay não vai se esconder". Neto criticou o governo federal por conta do veto ao Kit Escola Sem Homofobia e de uma suposta ameaça ao PLC 122 – projeto que visa criminalizar a homofobia. A coordenadora de políticas públicas LGBT do Estado de São Paulo, Heloísa Gama Alves, também falou ao microfone e declarou que há "muito para se fazer". No entanto, Heloísa fez questão de ressaltar que "muito já foi feito".
O último a discursar foi Franco Reinaudo, gestor da Coordenadoria de Assuntos para a Diversidade Sexual da cidade de São Paulo (CADS). Franco lembrou de seus antecessores e os homenageou. Reinaudo também fez questão de lembrar das conferências livres que aconteceram na periferia da cidade.
Após as falas houve apresentação do cantor Eduardo Dussek. Também vale registrar a manifestação que ativistas realizaram dentro do teatro pedindo ao prefeito o veto ao Dia do Orguho Heterossexual, que foi anunciado no domingo (14) por Gilberto Kassab.
Plano Municipal de combate a homofobia
Nos dias 13 e 14, cerca de 80 ativistas se reuniram no Novo Hotel Jaraguá, em São Paulo, para debater o Plano Municipal de Combate a Homofobia de 2008. O encontro teve como objetivo avaliar o plano e reformulá-lo. Os militantes se dividiram em grupos de trabalhos com os seguintes temas: saúde, educação, direitos humanos, trabalho, cultura, segurança, turismo.
As propostas aprovadas no painel final, que aconteceu no domingo (14), serão encaminhadas e darão a base para o novo Plano Municipal. O encontro também encaminhou propostas para a Conferência Estadual LGBT, que vai acontecer em outubro. Os ativistas também elaboraram propostas para o encontro nacional, que acontece em Brasília no mês de dezembro.
Veja abaixo o vídeo com o coral da ICM interpretando o Hino Nacional e fotos da abertura da II Conferência Municipal LGBT de São Paulo.
